A história de classe no Brasil
mostra um fato interessante: as elites, desde D. Pedro II, República Velha,
revolução industrial de Getúlio (30/45), o pós-guerra fria, o golpe de 64,
Sarney, Collor, Itamar Franco e FHC nunca houve tranqüilidade, sem crise, conflito,
embate quartelada, suicídio, tentativa de golpe, golpe e contradições. Outro
fato interessante é que esses diferentes conflitos sempre ocorreram na
horizontal, ou seja, entre a própria elite: republicanos, latifundiários,
empresários, militares, classe média abastada, barões da mídia, etc. Em nenhum
o povo foi protagonista. Lula e Dilma tiveram o maior período de calmaria da
história, dez anos (2003 a
2013), mesmo com mensalão. Nesse momento, a crise política que atinge Dilma é
vertical (vem de toda elite). E, até o presente, o povo ocupa um papel
secundário nesse processo. Até quando?