11 de setembro de 2019

GLOBOS E GOLPES

O Globo reconheceu em 2013 que errou ao apoiar a falta de democracia na ditadura militar de 64. No conceito falta de democracia incluía-se: torturas, assassinatos, corrupção e inúmeras violências sociais. Um pacote só. Teria o povo e o país a partir dessa autocrítica, da Rede Globo, um veículo democrático na comunicação de massa, um aliado respeitoso à democracia, à soberania e à justiça social? Lamentavelmente não. Não permitiu nem a dúvida. Em 2016, apoia outro golpe à Constituição, escondido numa nova técnica de ditadura (sem armas) incorrendo nos mesmos erros e conceitos do passado. Dessa vez mais grave: desmoraliza os poderes da República e elege para a presidência da República a pessoa mais desqualificada da história republicana, tudo voltado no combate à soberania do voto popular no adversário, o petismo. Crime institucional inqualificável de graves, imprevisíveis e irreversíveis consequências.