1 de março de 2014

O MORALISMO É UMA BANDEIRA FASCISTA


 
O moralismo sempre foi uma deformidade das elites. A direita fascista fala sempre em corrupção, fez isso em 1922, na Itália, em 1933, na Alemanha, em 1964, no Brasil. Acusa, insulta, agride como se fosse pura e honesta. Quando chega ao poder não hesita em torturar, estuprar e roubar. É intolerante e acima de tudo hipócrita. No Brasil do pós-guerra, surgiu a UDN para combater as oligarquias e o comunismo. Levanta a bandeira da moralidade. Levou Getúlio ao suicídio e apoiou o golpe de 64. Durante a ditadura muda de nome e passa a ser Arena, depois PDS, PFL e atualmente DEM, sendo a principal aliada do PSDB. O DNA é o mesmo. Está representada por empresários que financiaram e apoiaram o golpe, inclusive da mídia, classe média alta e militares reacionários. Ilude-se quem acredita que fizeram autocrítica do passado golpista e que não repetiriam tudo de novo. O mensalão do PT teve esse propósito, mas recuaram.

 

EDUARDO CUNHA UMA AMEAÇA PARA O GOVERNO


O governo Dilma tem um problemão após o carnaval. Chama-se Eduardo Cunha. Pentecostal e conservador lidera a principal bancada aliada do governo, o PMDB. Sua trajetória política, eivada de acusações de irregularidades, não traz sossego ao governo. Conhece bem o congresso e seu regimento. Ultimamente vem investindo primeiro contra o governo e só depois contra os adversários. Foi feroz opositor da reforma dos portos, enterrou o plebiscito da reforma política e, entre outras, vota contra o Marco Civil da Internet, defendida pelo governo e a cada momento exige mais poder (cargos). Pior do que um inimigo é um falso amigo. Suas ameaças ao governo crescem na medida em que se aproxima o processo eleitoral. Os demais líderes do PMDB temem enfrentá-lo. Pelo seu perfil uma ameaça, pois ninguém pode garantir a que senhor está servindo.