7 de abril de 2009

Sistema contaminado

A crise chegou aos Estados Unidos, mas a causa- mercado financeiro sem reguulação-é geral. Todo o sistema financeiro mundial está contaminado. O neoliberalismo responsável por essa maldita teoria, com a globalização, espalhou-se. No Brasil, os bancos e financeiras são sanguessugas do consumidor. Não há limites. Ferem a democracia. Como exemplo, a indústria dos cartões de débito e crédito. Um crime. Duas empresas dominam 90% do mercado. Nesse caso, até lojista é explorado. Retardam o reembolso e, com isso, faturam dos dois lados. Cobram das máquinas e não permitem compartilhar. Juros, sem comentários. Ministério da Justiça e Fazenda estudam o caso. Mas, só a crise e a reação que deve ser violenta no mundo global pode corrigir essa distorção.
Publicado no Jornal Diário da Manhã (Goiás) em 1/4/09 e JB em 5/4/09

Estupro e aborto

A polêmica provocada pela questão do aborto e do estupro não é decorrente da opinião de um bispo. Tem profundidade e não está restrita a um bispo. É mais grave: atinge todas as religiões. Há uma hipocrisia e uma guerra entre elas, daí o silêncio e a omissão. Mas, no fundo, todas têm o mesmo ponto de vista emitido pelo bispo. Nesse caso, houve um conflito na concepção de nascimento não consentido (estupro) e morte não consentida (aborto). Concepção cada vez mais distante da ciência e da filosofia atualizada, ou seja, a discussão do reacionarismo religioso.
Publicado na Folha Online em 14 de março/09

Crediário

O ministro da fazenda , Guido Mantega, não pode ficar refém do empresariado na política econômica. A explosão do crédito imobiliário nos Estados Unidos é a responsável pela crise atual. No Brasil, a explosão ocorre no financiamento mobiliário. Lá, com a disparada dos juros, o mutuário faliu e devolveu o imóvel ao banco. Aqui, o consumidor devolverá o automóvel. Para que se não há comprador? Nessa hora o governo não pode titubear. Empresário, na bonança , só vê lucro. Na crise, desespera-se. Neoliberais no lucro, estatais no prejuízo.
Publicado no Jornal da Tarde (SP) em 27/3/09