29 de maio de 2020

POLÍTICA E NUVEM


 
Foi dito que política é que nem nuvem. Olha para o céu está de um jeito, de novo, mudou. No Brasil nunca mudou tanto em meio a três graves crises concomitantes:  saúde, mata milhares de brasileiros diariamente, econômica, arrasta o país para a quebradeira e política, com a presidência da República nas mãos da instabilidade emocional, ideológica e delituosa. Na pandemia a nuvem, dia sim, dia não, oscila sobre o isolamento da população. Na economia, fica em casa, vai trabalhar. Na política, ruptura ou não? Apesar da oscilação das nuvens políticas os fatos vão se definindo. Combate à pandemia só com isolamento. Economia com mortes é impossível. Ruptura institucional somente se for para cobrir delitos e crimes.

27 de maio de 2020

ESPERAR O QUÊ?


 
Cresce a angústia pelos desmandos de Bolsonaro. Setores porta-vozes da classe dominante que o apoiaram e agora demonstram insatisfação e preocupação com sua conduta, como Congresso, STF, MP, PF e imprensa, estão fragilizados, presos ao golpe de 2016, vacilantes em críticas à sua criatura. Com isso, Bolsonaro, cresce com ações e ameaças à democracia, às liberdades. Avança o controle sobre a PF, PGR, Forças Armadas, partidos como o centrão. A justiça não investiga ele e seus filhos. A pandemia avança seus mortos, Bolsonaro "dá de ombros". Recessiva a economia aguarda o caos. O espanto com os acontecimentos cresce. O que está havendo, como sair desse garrote? Esperar o quê, morte, "quanto pior"? A oposição, com o que tiver, precisa sair, assumir iniciativas, provocar fatos e obter reação. A barbárie se aproxima, o Brasil explode com Bolsonaro até 2022. Fora Bolsonaro já.

26 de maio de 2020

CLASSE DOMINANTE DIVIDIDA


Com a pandemia o Brasil chegou a um ponto extremo na contradição política e econômica. A pergunta está colocada para todos: quem apoia e tem consciência exata da barbárie e genocídio para onde caminha o país? Simples e terrível assim. De um lado, parte majoritária da população totalmente desprotegida conduzida como gado para o matadouro, de outro, percentual consciente minoritário da população, sem força, impedida pela pandemia de se manifestar, como sempre fez, nas ruas e praças. No centro do furacão o núcleo duro, responsável pela tragédia, ocupado por uma classe dominante de neofascistas e neoliberais (ricos e bilionários), controlando Estado, o governo, dividida e omissa entre mata e esfola ou só esfola. Mas aí surge outra dúvida e pergunta: será essa elite tão estúpida e atrasada em acreditar que ela é responsável por investimento e crescimento do país sem trabalhador?

24 de maio de 2020

REUNIÃO COM VÍDEO


 
A publicização da reunião do governo Bolsonaro aconteceu por pressão da Globo na defesa de, Sérgio Moro. Defesa "meia boca". Se concentrou na nomeação do chefe de polícia. Para a população que vive entre morte por pandemia e fome por desemprego pouco importa. A Globo, Polícia Federal e Ministério Público tem, há bom tempo, provas suficientes de crimes da família Bolsonaro paradas em "investigações sigilosas" nunca concluídas. Conhecida embromação. O vídeo "atirou no que viu, acertou no que não viu". Mais grave do que demissão foi a ameaça de armar a população para uma defesa da sua "democracia e liberdade", traduzindo: guerra civil. Nunca escondeu essa intenção. O neoliberalismo (mercado, Globo, bancos, partidos) o elegeu para manter seu privilégios. Mantém um braço com Guedes e "morde e assopra". O nazismo se criou assim: por omissão da elite. E agora?

23 de maio de 2020

VÍDEO


 
A reunião política de Bolsonaro e seu governo desperta interesse na política para leituras e reflexões. A leitura de que não houve rompimento político da classe dominante (ricos e bilionários), entre a ultradireita de Bolsonaro (barbárie) e neoliberalismo (desigualdade social do mercado, bancos, Globo, partidos). O neoliberalismo continua vacilante com um "pé" no bolsonarismo temeroso de perder o protagonismo na economia. Falta aos neoliberais um plano B, uma candidatura viável para competir com oposição. MP e PF, controlados pela elite, seguram investigações como sigilosas, sem acesso a provas evidentes de crimes da família Bolsonaro, além de pregação à luta armada, armamento de milícia, fechamento de Congresso, STF, AI-5 e mais grave: descaso total com a saúde onde milhares morrem diariamente pela pandemia. Essa situação não oferece tranquilidade aos brasileiros .

22 de maio de 2020

MOSAICO DA CONJUNTURA


O mosaico da conjuntura política atual permite diversas leituras. Uma delas, vê três forças se contrapondo: a extrema-direita de Bolsonaro (destruição e barbárie) prioriza à economia aos cadáveres (tem suporte de setores reacionários empresariais e militares); neoliberais e mercado (maioria do Congresso, STF, Globo) recua nas mortes, apoia isolamento, vacila no enfrentamento a extrema-direita temendo perder o protagonismo da economia (estado mínimo, austeridade), busca um líder. Finalmente a oposição, que tem, nesse momento, reduzido protagonismo face ao isolamento. Se recicla nas redes sociais e nessa correlação de forças, durante e pós-pandemia, projeta alternativas de ação: apoia a frente ampla democrática antibarbárie (afastar Bolsonaro), prioriza a vida, fortalecimento do SUS, suspensão de austeridades (tetos de gastos), retorno à soberania, democracia, eleições.

21 de maio de 2020

GUERRA CIVIL


 
Na guerra civil as forças policiais e militares, bem como, forças civis se conflitam entre legais e ilegais, obedecem e não à Constituição. A pergunta que se faz: o que faltam às forças armadas, produtivas e institucionais para enquadrar o presidente Bolsonaro como agitador, propagador e fomentador de uma guerra civil? Milhões de brasileiros mais informados tem plena consciência de suas arbitrariedades e seu despreparo. Outros milhões, menos informados, sofrem por milhares de mortes pela Covid-19, pela desigualdade e fome. Bolsonaro capturou as forças armadas, troca falsa disciplina por loteamento de cargos públicos. Usa as forças armadas para distribuir armas e munições para as milícias, nunca escondeu seu apoio à ditadura e tortura. Defende o AI-5, prega intervenção e fechamento do Congresso, do STF. O que move e aguarda o Brasil? Ingenuidade ou má-fé?

20 de maio de 2020

TRAMA DIABÓLICA

A aranha tece sua teia e emaranhado de fios como armadilha para pegar inseto. A política pós-Trump e Bolsonaro, até o presente, é uma teia para a maioria. Um emaranhado inacessível e diabólico. Conforme os fatos vão se sucedendo algumas evidências de classe vão surgindo. Os dois obedecem a parte do capital internacional mais reacionário e concentrador de renda. Pode-se dizer o vencedor até aqui do capital devastador. Estão subordinados a ele com exclusividade e alguma estratégia. Agridem e condenam a globalização, justiça, liberdade de imprensa, soberania, democracia e outra incógnita mortífera surgida: a pandemia. O que pretende esse projeto com essa guinada de 180 graus na economia e política? No Brasil, em meio a muitas mortes, Bolsonaro, é indiferente e até debocha: "e daí?" Defende a economia, ataca todos, com uma estranha “cautela" da mídia, justiça, Congresso, militares e empresários.

18 de maio de 2020

AS DIREITAS E O COVID-19


 
A pergunta que ainda não tem resposta é se o neofascismo (EUA, Brasil, Inglaterra, Hungria e outros), o neoliberalismo (Europa) vão manter o isolamento ou ceder ao mercado? Essa estratégia de tratamento foi usada pela China, pais com estrutura política socialista e economia aberta ao liberalismo e, segundo alguns, alvo principal do vírus. Vírus ideológico, plantado para atingi­-la. O futuro, a história vai ou não revelar a verdade. A China conseguiu rapidamente promover o isolamento de 40 milhões de seres por meses e, se houve de fato armadilha dos EUA para atingi-la, se saiu bem. Com o neofascismo e neoliberalismo isso é impossível, pois sua existência, sua razão de ser e existir se escora basicamente na exploração da mão de obra do trabalhador que, nesse caso, ao se expor é fulminado pelo vírus e ao se isolar, sacrificado pela fome.

16 de maio de 2020

AS MENSAGENS DO COVID-19


 
Inúmeras versões e narrativas surgirão durante e após a pandemia do Covid-19. Interessa as narrativas fundamentadas na realidade e nos fatos. A classe dominante (ricos e bilionários) certamente fará leitura que não traga prejuízo aos seus interesses de classe. A pandemia tem deixado claro que os países que apostaram no Estado mínimo e na desigualdade social são os mais atingidos, independe se é rico ou emergente (Europa). Outra lição importante é que a medalha de ouro em genocídio deve ficar entre EUA, Brasil e Inglaterra (ricos e emergente) povos que apostaram numa aliança neoliberalismo e neofascismo. O Brasil, devido a cultura de classe dominante herdada desde a colonização caminha, até agora, para levar a medalha de ouro em barbárie e genocídio. No momento a narrativa da pandemia é neoliberal e a execução da economia e da política é neofascista. O que vai resultar dessa aliança impossível prever.

15 de maio de 2020

O DISCURSO DE MOURÃO


 
Na contramão da lei e da Constituição o vice-presidente da República, gal. Mourão, usa cinicamente a Constituição para em discurso para empresários acusar todo o Brasil de estar inconstitucional. Inverte as responsabilidades e acusa governadores, prefeitos, Suprema Corte, Congresso e aproximadamente 80% da população. Enfim, o cúmulo da paranoia para agradar a quem? Todos errados inconstitucionalmente perseguindo um pobre presidente inocente, que cuida do trabalhador pobre e que dar emprego. Faltou um pequeno detalhe: o presidente combinar com o povo e empresários e deixar claro que quer empregar trabalhadores mortos cuja a seleção se dará no cemitério. Agora é aguardar esse roteiro kafkaniano, de loucura e ver como seus roteiristas pretendem terminar a série.

13 de maio de 2020

CONJUNTURA DIA 13

 
Impressionante como o quadro politico brasileiro muda diariamente. Não bastasse todas as mazelas e desigualdades herdadas pelo Brasil, ainda vive ao mesmo tempo três crises graves: saúde, economia e política devido um governo de utradireita. Nesse momento até definir quem é determinante na crise está difícil. A lógica indica a vida é determinante, mas a ação terrorista de Bolsonaro confunde parte da população impondo de forma criminosa a economia em primeiro plano, com isso cresce a crise política. A pergunta que não se cala: existe alguma possibilidade de enfrentar a crise da saúde, economia, sob a presidência de Bolsonaro? Tudo indica ser impossível. O que fazer para o "Fora Bolsonaro" ganhar apoio da opinião pública num momento de isolamento geral? É formar uma "Frente democrática" com todos os partidos, incluindo de direita, atrair forças armadas e fogo cruzado nas redes sociais.

9 de maio de 2020

NÃO DÁ MAIS PARA CONCILIAR


Brasil precisa acordar, sair do pesadelo. Reconhecer por vários motivos, nesse momento impossível de analisar e corrigir, a guerra contra o coronavirus caminha para derrota certa. A contaminação (o inimigo) se propaga exponencialmente e o exército para enfrentá-lo se encontra perdido. Falta comando central, competência, credibilidade. O exército do povo precisa se posicionar, se reorganizar. Formar urgentemente um comando central confiável eleito pelas 27 unidades regionais, avalizada pelas municipais. Tudo em 24/48 horas. A exclusividade da política é a sanitária e científica. Comando "SOS Brasil". Medidas urgentíssimas: centralizar a compra de equipamentos (otimizar esforço e reduzir custos), priorizar tratamento de nossos soldados atingidos (médicos e enfermeiros), investir nos testes. Por fim, encaminhar pedido de afastamento imediato de Bolsonaro, como única alternativa para obter recursos pela vida.

7 de maio de 2020

A SAÍDA É O POVO


O enfrentamento ao Covid-19 no Brasil e no mundo está deixando tudo muito óbvio: o vírus é ideológico, mira e mata desassistidos, sem renda, obrigados a sobreviverem, se exporem. Quem possui algum rendimento, inativo ou não, consegue fazer o isolamento, única alternativa para não se contaminar. No Brasil são mais de cem milhões de brasileiros sem nada. Qual a única saída? O governo federal imprimir dinheiro e liberar, através de cheque direto ao trabalhador (sem burocracia), um salário mensal, até a pandemia deixar de matar. Não tocar nas reservas, garantia do país não quebrar. A dívida pública cresce (a atual é 80% do PIB), mas EUA e outros ultrapassam o PIB, depois o povo vivo paga. Com a economia estagnada não haverá inflação e o ciclo: trabalhador consome, comércio vende, indústria produz, a máquina não para e o povo não morre. Qualquer outro caminho é genocídio.

5 de maio de 2020

CONVULSÕES DIÁRIAS


O Brasil vive momento de convulsão diária de notícias difícil de acompanhar. Dois flagelos irradiando horror: uma pandemia que tira milhares de vidas diariamente e um presidente da República absolutamente despreparado para o principal cargo da República, uma ameaça crescente à vida, à democracia, à economia. País dividido, sem rumo. De um lado, a narrativa da ciência e saúde mundial, propondo soluções com números concretos de mortes crescentes, decorrentes do Covid-19. De outro, o presidente insensível com vidas, preocupado com votos e permanência no poder. Para sustentar esse projeto genocida, se insurge contra a liberdade, a justiça, a ordem constitucional. A pergunta que não se cala: quem vai bancar essa aventura, essa barbárie? É a resposta que o Brasil aguarda com urgência. A vida tem pressa.

4 de maio de 2020

E AGORA, FORÇAS ARMADAS?


 
Não precisa ser estudioso de política, nem cientista político, Bolsonaro, é um capitão oriundo das forças repressivas das forças armadas, defensor da ditadura, da violência e da tortura. Eleito presidente da República, num processo muito questionável da política nacional, vem se cercando de militares, milicias e policias claramente com a intenção de golpear a democracia. Não respeita opinião alheia, as instituições democráticas, a Constituição e se sente protegido pelos militares. Então só resta uma pergunta: e aí forças armadas de que lado vai ficar? Do lado do capitão terrorista, autoritário, antidemocrático e insensível a milhares (ou milhões) de mortes pela pandemia ou ao lado do Congresso, Suprema Corte, governadores, prefeitos, milhões de desassistidos, desempregados, amigos e familiares de mortos pela pandemia? O Brasil e os brasileiros, que ainda vivem e sobrevivem, tem urgência nessa resposta.

3 de maio de 2020

O DEBATE NA GLOBO NEWS

A maior esperança nesse debate é que a rede Globo esteja a caminho da 2a. autocrítica de apoio a ditaduras. Jair Bolsonaro nunca foi contra a corrupção, nem a favor da democracia. Nunca enganou ninguém. A elite financeira liberal, as instituições, o "juiz-símbolo", os mais escolarizados e a grande mídia que acreditaram nele optaram pelo autoengano e a ficha está demorando a cair aos que acreditam nas promessas de liberdade econômica, de pensamento e direitos civis. A programação da Globo com debates políticos, econômicos, a contabilidade da pandemia entre jornalistas da empresa e convidados aliados está demostrando que não responde mais ao enfrentamento com as duas tragédias: vírus e bolsovirus. Uma frente de forças, aliadas ao Covid-19, é a única alternativa que resta aos andares, de cima e de baixo, para derrotar a barbárie irreversível. É uma leitura do debate.

1 de maio de 2020

A MORTE OU A MORTE


 
O mundo enfrenta uma guerra contra um inimigo ainda desconhecido. Sua arma principal é um vírus arremessado pelo ar que atinge o soldado, o deixa fragilizado e o leva a óbito. Dado o desconhecimento do vírus todos os comandantes ordenam evacuação e recolhimento em suas residências para evitar contágio. No Brasil, o comandante supremo, o presidente da República, resolveu inovar. Manda o exército enfrentar o inimigo desarmado. Retira os víveres dos soldados e diz que se não enfrentar o inimigo morre de fome. Não há saída, é morrer ou morrer. Certamente um sentimento de medo e horror cresce na população, principalmente a mais fragilizada. O medo é o limite. Com ele nada mais a temer, tanto das armas, quanto do autoritarismo ou da repressão. Nesse quadro de desvario acumulado por anos de insensatez da elite brasileira, crescem as manifestações não mais das ruas, mas dos cemitérios e valas comuns.