31 de outubro de 2020

ESTADOS (DES)UNIDOS

As eleições de 3 de novembro de 2020 nos Estados Unidos expõe fraturas gigantescas na sociedade americana. Várias hipóteses, da futurologia à marxista, já trabalhavam com essas ameaças que rondam as atuais eleições, até guerra civil. Não há nenhuma força cultural, política, econômica, social, religiosa que unifique EUA. Uma sociedade atravessada por conflitos e contradições. Autoritarismo e intervencionismo estatal, desigualdade, concentração de renda é a trilogia que pode explodir nessa eleição. A pandemia e pós-pandemia parece representar a “pá de cal”. Uma rede de fake news com boatarias, usos e abusos de mentiras, confundindo e desinformando a realidade agrava o quadro. É aguardar se o pacto federativo e constitucional terá musculatura para resistir ao ódio e a intolerância.

PESQUISAS FAKES

As pesquisas eleitorais no Brasil sempre foram manipuladas pelo poder econômico. Ibope (Globo), Datafolha (Folha de SP). Pela esquerda, mais confiável, Vox Populi, mas com dificuldades financeiras de enfrentar as inúmeras pesquisas dos inimigos. A oposição (esquerda) se contorcia para fazer leituras “labiais”, “entrelinhas”, usando suposições, que aumentava com a proximidade das eleições até a “boca de urna”, mas o veneno já estava injetado. Em 2020, existe mais um complicador, duas direitas divididas disputando 2022 (neofascismo e neoliberalismo) e um inimigo comum, PT. Nesse campo se encontra a batalha. Muitas armadilhas. Colocam Rio e SP no centro da disputa e acusam o PT e Lula de divisão. Mas a luta continua. Fora Bolsonaro, volta Lula.