22 de março de 2014

DEPOIMENTO DE CORONEL DA REPRESSÃO DE 64


Saiu no Globo o depoimento à Comissão da Verdade do coronel reformado, Paulo Malhães, que participou da repressão aos presos políticos durante a ditadura militar: “Os dedos das mãos e arcadas dentárias eram arrancadas para evitar identificação. Os corpos eram enrolados em plásticos e jogados no fundo do rio, não sem antes ter o abdômen aberto para que, inchados, não boiassem”. Esse é o relato de apenas um dos torturadores, imagine o teatro de horror que significou esse período macabro da história do Brasil. Esse mesmo coronel diz que não carrega nenhum arrependimento, até se vangloria do fato e diz que faria tudo novamente. Os nazistas também não se arrependeram durante seu julgamento. Isso se chama ideologia radical da direita, ou seja, um desvio patológico. São psicopatas. No Brasil, são minorias, mas com enorme poder econômico e político. São covardes, silenciosos e atacam na hora certa.

 

 

DROGAS: UMA FALÁCIA A ARGUMENTAÇÃO CONTRA SUA LIBERAÇÃO


 
Setores conservadores da sociedade, principalmente os religiosos deveriam desgrudar um pouco da leitura das escrituras e se dedicar mais a história real para obter informações sobre as drogas. Por exemplo, conhecer o que foi a lei seca nos EUA, no período de 1920 a 1933. Ao invés de acabar com o consumo de álcool e problemas sociais, a lei gerou desmoralização das autoridades, aumento da corrupção, explosão de criminalidade, aumento de consumo, enriquecimento de máfias. É exatamente o que vive atualmente a nossa sociedade com a lei que reprime o consumo de drogas. Será que há alguma dúvida que essa guerra de repressão ao tráfico já está perdida? Os custos exorbitantes e as mortes cada vez maiores precisam ser analisadas. Nesse momento, o inimigo maior (que mata) não é o consumo, mas o tráfico. Portanto, é uma falácia contra-argumentar que a liberação (total) das drogas trará mais problemas. Impossível.