28 de junho de 2021

UMA LEITURA DA CONJUNTURA

 

O Brasil da era Bolsonaro vive um momento político complexo de subversão total da ordem e captura dos direitos do trabalhador. É nítido o apoio e financiamento que o governo recebe da classe dominante (bilionários). Estão se lixando para o negacionismo que levou a mais de 500 mil mortes, ameaças à democracia, destruição do meio ambiente, milhões de desempregados, ligação com o crime organizado, mas a corrupção pode causar mais danos aos projetos políticos dos conservadores. A CPI causa desgaste, mas tem limitações políticas, depende dos militares, do STF, Congresso, PGR e esses aguardam o posicionamento do grande capital, que se contorce para impedir a volta do estado de direito e eleição de uma oposição não conciliada com o dito centro neoliberal. Para o povo trabalhador brasileiro a única saída está nas manifestações crescentes de descontentamento reproduzidas nas ruas. É Fora Bolsonaro.  

22 de junho de 2021

ENTREVISTA COM ARTHUR LIRA

 Arthur Lira, presidente bolsonarista da Câmara deu entrevista ao O Globo. Subestimou falta de vacinas, pois não atendia às necessidades do Brasil. Não pretende testar Bolsonaro num impeachment. A economia está organizada, acena aos neoliberais com independência do BC, privatizações, reforma administrativa e tributária. Diz que o impeachment não é só disso (500 mil mortes). Mourão não resolveria. Por fim, um recado aos neoliberais “não acredita na 3ª. via, Bolsonaro, substituiu em 2018 o PSDB e o PT sempre esteve no jogo”. Moral da história: Coloca a conta para interesses econômicos neoliberais e empresariais decidirem politicamente 2022: Lula ou Bolsonaro? Dessa vez a classe dominante (bilionários) não vai poder usar a oposição como massa de manobra para acossar, por oportunismo, a ultradireita e defender seus interesses. É tirar o capuz. Cedo ou tarde virá punição. Fora Bolsonaro, volta ao estado de direito  

20 de junho de 2021

SAUDOSISMO DO ATRASO

 A elite, capitalismo brasileiro sempre foi atrasado, antinacional, submisso ao inglês e EUA. Veem a realidade imutável, sem contradições, sem infindáveis mudanças entre 1964 e 2021. Em 2021, carregam certo saudosismo presente, tanto entre militares, quanto civis. Em 64 não havia pandemia, presidente incapaz, genocida, oposição de centro-esquerda estruturada, ex-presidente bem avaliado dentro do país, neoliberalismo nacional e internacional em declínio. “Diretas Já” e “Fora Bolsonaro” são realidades e movimentos distintos no tempo. Na pandemia as manifestações diferem, crescem, se espalham pelo Brasil. O assassinato de meio milhão de pessoas na saúde, a destruição da economia, do Estado, do meio ambiente e a omissão da elite com os militares conduz o país para o caos. Ingenuidade acreditar que nesse quadro a elite terá hegemonia ou paz num golpe, a médio prazo. Resta fora Bolsonaro e a volta do estado de direito. 

16 de junho de 2021

O QG BOLSONARISTA

 O Brasil nunca precisou de tanta maturidade política como agora. Por quê? Pela primeira vez na história cedeu espaço à ultradireita genocida de chegar ao poder. O que isso representa? O horror na população, que vê negado todos os direitos em plena pandemia. Negada a vida (vacina), a ciência, renda, emprego, meio ambiente, democracia. Enfim, tragédia e destruição. Nesse quadro de terror o que cabe à oposição? Lula, ex-presidente bem avaliado por base política heterogênea, se apresenta como alternativa capaz de derrotar o inimigo, negociando e unindo forças populares e democráticas. O inimigo deixa claro que não aceitará deixar o poder e arma seu QG para o confronto. Ao contrário do neofascismo, Lula, une a oposição ouvindo as correntes políticas para enfrentar esse confronto, dom especial adquirido na luta econômica sindical e depois na política. O Brasil não cairá na armadilha nazista Alemã de 30. Fora Bolsonaro. 

13 de junho de 2021

A SERPENTE JÁ CHOCOU

 Lendo o Globo não falta mais nada em argumentos para justificar e declarar Bolsonaro como o maior criminoso que a história republicana já produziu no Brasil e quiçá no mundo. O Globo, esquerda e centro-esquerda sabem, promoveu um apoio decisivo para a eleição de Bolsonaro, mas Bolsonaro já avisou que vai rever sua concessão ao completar 25 anos. O Globo, assim como parte de setores empresariais, não negacionistas, vacila entre seu projeto neoliberal conduzido por um capitão criminoso e ensandecido e a volta da normalidade democrática, operada pela centro-esquerda. Muitos se perguntam até hoje, como é que a Alemanha se deixou envolver pela tragédia nazista? No Brasil, apesar de realidade e época bem distinta, a mesma vacilação da classe dominante (bilionários) lá, pode se repetir no Brasil. A serpente já chocou os ovos. Agora é como enfrentá-la. Só há um caminho: Fora Bolsonaro e volta ao estado de direito. 

6 de junho de 2021

O TERROR

Bolsonaro mexe as pedras políticas de acordo com seu perfil terrorista. A ditadura de 64 produziu militares com esse conceito que não foram punidos, mas anistiados. O Brasil vai ter de equacionar esse problema, pois o terrorismo chegou à presidência. Na guerra fria criaram um inimigo de todos, conceituado como comunismo. No Brasil de 2021 e 2022 esse sentimento ainda continua presente em parte das forças armadas e da sociedade. Lula, para eles, simboliza esse inimigo. Aí se entende o recuo dos militares na sua essência: hierarquia e disciplina. Mas essa concepção por ser kafkiana e surreal arrastará militares e demais setores que apostarem nela ao desastre, antes causando muita tragédia à população. A oposição não tem saída a não ser lutar pelo fora Bolsonaro e a volta do estado de direito. Impossível conciliar com um inimigo que quer destruir todos os direitos conquistados até aqui. No dia 19 todos à rua contra o terror.