24 de março de 2015

MESMO COM GOLPE GOVERNO DEVE SE UNIR ÀS BASES


 
Em Carta Capital, Marcos Coimbra, como já é de praxe, faz uma excelente análise da cultura política brasileira. Diz que a grosseria, fanfarronice e vulgaridade exibidas pela direita antes da ditadura renascem. A ditadura de 64 e suas atrocidades envergonharam por um tempo a direita, alguns até, falsamente, pediram perdão, como o Globo. Mas retornaram. É importante a citação que faz: “A cultura política brasileira hegemônica é atavicamente conservadora e antipopular. Ao longo da história as classes dominantes, seus intelectuais e os meios pelos quais se expressam foram antilibertários, antiabolicionistas, antissindicalistas, antissocialistas, anticomunistas, antiesquerdistas e antitrabalhistas”. Portanto, eles voltaram para ficar. A única alternativa que resta ao governo é aprofundar seus vínculos com suas bases, mesmo que dêem o golpe.