A federalização de crimes contra
jornalistas é uma discriminação. Um tratamento desigual com outros crimes. O
jornalista que cobre, por exemplo, uma manifestação e morre não pode ser
tratado diferente de quem morre lutando por melhores condições de vida e por
democracia. Utilizando seu poder de pressão junto a opinião pública a mídia
daqui a pouco vai transformar o crime contra jornalista em hediondo. Nada
contra, mas o correto é todo crime também ser hediondo, excetuando os de
legítima defesa. É bom também ficar registrado que nos últimos cem anos de
história um setor expressivo da mídia (monopolista e conservadora) foi e tem sido
responsável por movimentos antidemocráticos, como o da ditadura militar no
Brasil e outros países onde a violência foi extremamente insuflada. Egito, Venezuela
e Ucrânia são exemplos bem atuais.
19 de fevereiro de 2014
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