O USO POLITICO DO FUTEBOL

O novo técnico de futebol do Botafogo, o português Luís Castro, deu uma entrevista muito esclarecedora e crítica (nas entrelinhas) na forma como a mídia manipula o futebol exclusivamente no Brasil. Vive o futebol 24horas por dia, sites, debates, youtubers, blogueiros, diversos canais de TVs. Precisa “inventar” coisas para falar antes e depois do jogo. Bota pressão, não pode perder. Há uma crítica humilhante que faz o técnico sangrar. O xingamento no estádio virou cultural. Se ganha é bom, se perde não presta. Esquece que vitória e derrota são para todos. Colocam o futebol está acima de tudo, deixou de ser natural. A pressão real da sociedade, da imprensa devia ser sobre milhares de pessoas com fome, sem emprego, não por perder um jogo. Técnico de futebol tem várias restrições de vida, desgaste não é para ser usado como “bode expiatório” de uma sociedade injusta e desigual, mas no Brasil é. 

A ORDEM DO IMPÉRIO

Finalmente veio a ordem do Departamento de Estado dos EUA ao Brasil da elite submissa: destruir a ordem constitucional (que elege nossos representantes) e a liberdade de expressão (que transmite nossa visão de mundo) NÃO PODE. Foi dado um tempo de preparar uma terceira alternativa, não aconteceu. Bolsonaro e sua quadrilha pode corromper, saquear, destruir o Estado, serviço público, receitas e controles de interesse social para se reeleger ou dificultar um futuro governo de oposição. Interesses privados não. Moral da história: a elite do capital, nacional e internacional, fechou questão: GOLPE NÃO, o resto pode. O VOTO da antidestruição em Lula e num Congresso progressista é única alternativa para salvar o trabalhador brasileiro.

CONSPIRAÇÃO

Vencendo a eleição no primeiro turno, Lula, estará livre de CONSPIRAÇÃO? NÃO. Por quê? A conspiração é a contradição principal entre os poderosos, seus aliados, inclusive setores da classe média e o trabalhador/operário. Lula será sempre um operário presidente e estará sendo monitorado 24horas por dia, se vencer. É sobrevivente da fome, conhece o inimigo, seu poder, daí a preocupação em NEGOCIAR. Busca aproximação, apoio, evita conflitos de classe. Moral da história: setores intelectuais da classe média, que temem a destruição neofascista do país apoiam Lula, mas com certo oportunismo. Exemplo concreto é o PSDB de Alckmin assimilou o momento atual melhor do que o PSB, do Molon, PDT do Lupi e outros da pequena-burguesia.  Fora Bolsonaro, volta Lula com Congresso progressista e renovado. 

TRUMP E BOLSONARO

O fato mais intrigante em toda opinião pública é entender por que Trump com oito audiências acusado, provas irrefutáveis de crime dos principais assessores, inclusive o endosso da filha, a mídia e o Estado se omitem, protegem, nada fazem, inclusive na perspectiva de voltar? No Brasil, algo semelhante com Bolsonaro. Ataca, ameaça STF, nega vacina, mata milhares, corrompe servidores, incendeia Amazônia, desmoraliza urnas, destrói riquezas naturais, patrimoniais, economia. NADA ACONTECE. Continua candidato, pode ser reeleito pelos golpistas e antipetistas. Resposta: os dois fazem parte da mesma contradição estratégica reacionária do grande capital e da grande mídia (concentração de renda, desigualdade, crescimento populacional). Lá e cá, essa contradição no avanço do desenvolvimento capitalista é insustentável. Aqui, não há dúvida: fora Bolsonaro, volta Lula com Congresso progressista. 

VENCER E GOVERNAR

Vencer e governar esse será o maior desafio que a oposição de centro-esquerda terá a partir de 2022. Os representantes do PIB nacional (bilionários) não querem golpe porque sabem não teriam apoio, mas não querem o sucesso de Lula e do PT. Continuam antipetistas. É nesse quadro político que se entende o que acontece com o governo Bolsonaro. O PIB conhece sua incompetência e fragilidade, usou e usa para obter vantagens: fragilizar e destruir o Estado e ter correlação de força favorável no Congresso. São tão perversos quanto Bolsonaro. É a Casa Grande. Tem ódio e preconceito do pobre, negro, trabalhador. Moral da história: o desafio é enorme para a oposição. Precisa vencer e fazer maioria no Congresso, do contrário, o fantasma Bolsonaro continua. Fora Bolsonaro, volta Lula, com maioria progressista no Congresso. 

A "PÁ DE CAL" DA PEC

A PEC eleitoreira de Bolsonaro, Lira, militares e outros governantes deu um recado muito claro a todos brasileiros: “nós do governo Bolsonaro estamos numa guerra ideológica, anticomunista, antissistema. Não existe mais regra, regimento, lei, Constituição. Eleição, democracia, soberania do voto só se for para nos manter no poder. Moral da história: nessas condições, sem lei, sem Constituição, sem recurso, sem arma o que pode a oposição fazer? Insistir, pagar para ver? Pelo voto tem chances de chegar ao poder? Fingir que nada acontece? Tentar um “cavalo de pau” e mobilizar a opinião pública para decidir? No entanto, a estratégia colocada pela oposição não muda: fora Bolsonaro, volta Lula, com Congresso progressista e renovado. 

A PEC ELEITORAL

Essa PEC mostra como age o neofascismo bolsonarista, não governa para o povo e o país, apenas ser reeleito. A PEC vai até dezembro. Nesses três anos cometeu crimes e destruição. Nessa PEC, oposição ficou numa saia justa, sem voto para alterá-la, estendê-la. Não podia condenar à morte, por fome, milhões de trabalhadores. Apoiou o sequestro eleitoreiro. Neofascismo deixa claro não respeitará regimento, lei e Constituição, muito menos resultado desfavorável eleitoral. Vai para o enfrentamento. Moral da história: os próximos três meses nos separa o céu do inferno. A oposição mais consciente precisa se unir, ir para as entidades, comunidades, ruas esclarecer e informar os desinformados o que é o fascismo bolsonarista, o desastre e a destruição que significa sua vitória. É fora Bolsonaro, volta Lula com Congresso renovado. 

E AGORA, JOSÉ?

A investigação da Câmara de deputados dos EUA sobre a tentativa de golpe de Trump nas eleições comprovam claramente sua participação. Os crimes anteriores de presidentes da República se tornaram insignificantes diante de Trump. A pergunta que não se cala: por que nada acontece com esses golpistas e com Trump, inclusive de retornarem? Nessa hora o poema E agora José? de Drummond ilustra um sentimento de desesperança, abandono ou, quem sabe, transição nas regras sobre democracia, soberania, liberdade. No Brasil, com Bolsonaro esse sentimento de falência é idêntico. Instituições ou corporações econômicas, políticas, jurídicas, militares, midiáticas acuadas, omissas, paralisadas. O que está ocorrendo? No Brasil, apesar de tudo, a luta continua: fora Bolsonaro, volta Lula com congresso progressista e renovado. 

O FASCISMO ATACA

O assassinato de um cidadão, líder do PT, Marcelo Arruda, por um fanático bolsonarista, acendeu a luz amarela. Essa violência está no radar da oposição e não deve ficar aguardando por outras. Com o fascismo não adianta xingar, chorar, lamentar é enfrentar. Como? Mobilizar as massas para que essas se conscientizem. Nada esperar da grande imprensa, pois é antidemocrática, antinacional, antipetista, desinforma e só pensa na 3ª. via. A história recente lembra o assassinato do estudante Edson Luís, pela polícia da ditadura de 64, que resultou em intensas manifestações, recuo da ditadura que depois endureceu com o AI-5, mas realidade hoje é outra. Os militares estão desgastados, destruindo o país, sem projeto. Que o sacrifício de Marcelo Arruda sirva de bandeira. Fora Bolsonaro, volta Lula com congresso progressista 

GOLPE NO GOLPE

A colunista do Globo, Vera Magalhães, resolveu dispensar telefone, whatsApp ir direto a Brasília sentir a temperatura do golpe. Confirmou a adesão que já extrapola militares, atinge o Planalto. Moral da história: golpe o trabalhador e o país já vivem as consequências, desde, 2016, com a atuação criminosa e destruidora dos gestores, agravada com o genocida, Bolsonaro. A primeira pergunta: o que pretende esse golpe no golpe, se o país já chegou ao fundo do poço? O que pode um incompetente, deformado, doente mental fazer a não ser piorar o quadro? A segunda pergunta: quem da elite pretende pactuar dessa aventura? Faria Lima, mídia, empresários nacionais, de multinacionais? A conta vai chegar. A oposição está unida, não vai recuar. A tática e estratégia está clara: fora Bolsonaro, volta Lula, com Congresso progressista e renovado. 

SÓ O POVO UNIDO SALVA O BRASIL

Nunca na história do Brasil frases “só o povo salva o país”, “esquerda unida jamais será vencida” esteve tão presente e consciente como o momento histórico atual. Por quê? A classe dominante (poderosos, ricos, milionários e bilionários) que sempre manteve o país e o povo sob controle, rédea curta, que construiu um Estado para obter lucros, vantagens sob repressão e escravidão da população foi longe demais ao eleger um genocida, miliciano e criminoso para presidência da República. O Estado, suas instituições perdeu o controle, permitiu e permite que Bolsonaro cometa toda espécie de crime contra a população, as instituições, a natureza, os bens públicos. Nada faz. Moral da história: O PT governava o país e conseguia equilibrar essa situação difícil. O golpearam. Agora só o fora Bolsonaro, volta Lula, com Congresso progressista e novo. 

IRRESPONSÁVEL CLASSE DOMINANTE

O brasileiro vive o ditado histórico “golpe a gente sabe como começa, mas não como termina”. Suas consequências são trágicas: elevado desemprego, fome, mortes, alta no custo de vida, abandono na saúde, educação, cultura, meio ambiente, crise econômica, institucional (ameaça à democracia, soberania, liberdade, eleições). No Brasil uma classe dominante (empresários bilionários) irresponsável tramou o golpe de 2016, alegando mentirosamente corrupção, prendeu Lula autoritariamente e elegeu um terrorista, psicopata e genocida para presidente da República. Agora o doido e criminoso não vai sair por bem (no voto). Faz ameaças, usa criminosamente a máquina do Estado, seus recursos para permanecer. Da classe dominante nada a esperar, só o povo nas ruas e nas urnas oferece a única saída: Fora Bolsonaro, volta Lula, com Congresso progressista e renovado.  

O ANTISSISTEMA

A tragédia Bolsonaro e Trump (ultradireita) se apresentam como contrários ao sistema. Por má-fé e oportunismo não declaram que se trata do sistema capitalista, criador de injustiça e desigualdade. No Brasil, esse sistema é neoliberal e rentista (vive de renda de papéis). Destroem o patrimônio público, torna privado para alcançar altos lucros na venda de seus títulos (ações). Moral da história: para manter essa exploração liberais e Bolsonaro se uniram na eleição. Um conflito de interesses entre a política neofascista e economia neoliberal colocou o país uma nau sem rumo, sem lei, sem ordem e o povo pagando a fatura, com fome e desemprego. São duas concepções notoriamente insustentáveis, unidas e separadas. Só o fora Bolsonaro, volta Lula e Congresso progressista e renovado pode salvar o povo e o país.