17 de fevereiro de 2019

OU PREVIDÊNCIA OU RUA

Quem vai decidir a sorte de Bolsonaro não é o golpe perpetrado à Constituição e ao PT, a prisão de Lula, o caixa dois que o elegeu, as fake news infamantes, os laranjas do gabinete de seus filhos e do próprio gabinete, as inúmeras acusações de corrupção que procedem contra seus ministros, as propostas estapafúrdias de seus ministros, como a mudança da capital de Israel, o antiglobalismo do ministro do exterior, a saída do acordo do clima de Paris, a continência à bandeira americana, as falas da ministra dos Direitos Humanos sobre meninos e meninas, o atraso medieval de seu guru filosófico, Olavo de Carvalho, o que vai decidir seu futuro é se vai  conseguir aprovar a reforma da previdência, pelo qual seus patrões do mercado o avalizaram.

AS MENTIRAS SOBRE APOSENTADORIAS

A campanha avassaladora da grande mídia sobre a aposentadoria e a reforma da previdência segue um roteiro eivado de mentiras. As principais são: a) o proposital aumento da expectativa de vida generalizada para todos de 80 anos. Não é isso e nem para todos. b) déficit fiscal da União e Estados, onde omite que as receitas da renda e do capital vem sendo cada vez mais excluídas da arrecadação, além de bilionárias isenções às empresas e a falta de execução de suas dívidas previdenciárias. Com isso, qualquer despesa não resiste, mesmo com tetos, cortes e não vai adiantar privatizações, c) toda a receita da previdência (no Brasil são muitas) precisa de tempo e não pode ser desviada. Desde a ditadura militar de 64 os dirigentes não respeitam a metem a mão no dinheiro da previdência.

ARRASTÃO DA MALDADE

Esse arrastão eleitoral da ultradireita, onde no Brasil ficou excluído apenas o nordeste brasileiro, começou a fazer água com o “abre alas” da “Vale da morte”. Sob o patrocínio do mercado financeiro e da grande mídia monopolizada adubaram a terra, desde 2003, com o fake news do antipetismo. Mas Lula e o PT deixaram marcas profundas registradas para milhões de brasileiros e parte da opinião pública internacional. O embate nos próximos anos será entre uma agenda da mentira e da morte e outra da justiça social e distribuição de renda. Os pseudo-vitoriosos mentem descaradamente apostando no atraso político da maioria. Mas a história mostra que barriga, bolsos vazios e demais injustiças costumam surpreender.