30 de setembro de 2018

O ARRASTO DAS MULHERES

O arrastão das mulheres na condenação ao fascismo parece ser ato final desse roteiro teatral da política brasileira de 2018. Começou em 2014, logo após a vitória de Dilma pelo PT. Inconformado com a derrota o PSDB partiu para o golpe. Incentivou o PMDB a realizar a tarefa e insuflou o Congresso com muitos parlamentares venais a boicotarem Dilma, para desmoralizá-la. Veio o golpe. A Suprema Corte de Justiça, o MP, a PF abandonam sua fama de independência e se incorporam ao golpe.  Perseguem, condenam e prendem Lula, sem prova.  O processo eleitoral e as pesquisas indicam derrota para os golpistas. Surge a saída pela ultradireita. Apoiam um candidato despreparado, com nenhuma capacidade intelectual e mental para o cargo. Encenam um atentado para que não fale e suba nas pesquisas. Lula lança Haddad, que dispara nas pesquisas. Agora é saber se vão aprofundar o erro ou mudar estratégia.

29 de setembro de 2018

FILME "UMA NOITE DE 12 ANOS"

Quem puder ver o filme “Um noite de 12 anos”, uruguaio/argentino/espanhol, não deve perder. Narra uma parte da história da ditadura militar do Uruguai, sua violência, sua barbárie. Um processo de selvageria que se repetiu em outros países, como Brasil, Argentina, Chile, na América do Sul. A lição é o ódio de classe contra os que queriam de volta à democracia e a justiça. Torturavam e matavam seus líderes, acusando-os de comunistas. Hoje, no Brasil, esse ódio de classe permanece. Não há como acusar de comunistas, mas sempre arranjam uma justificativa, como de corruptos ou terroristas. Outra diferença é o inimigo ameaçador que vinha de fora (o comunismo), hoje, o inimigo é interno (o pobre, o negro, o favelado). Como irão proceder? Prendem suas lideranças e executam pobres e negros como bandidos e traficantes, mas são milhões.

A VEZ DO CONGRESSO

As pesquisas indicam que o risco maior do fascismo, racismo, machismo, autoritarismo e xenofobia ganhar perde terreno. Mas isso não significa que o Brasil está livre de outro golpe, se os parlamentares eleitos pelo Congresso forem comprados por grupos financeiros novamente. Um presidente progressista com um Congresso reacionário e venal, como os grupos da bala, do boi e da bíblia hegemônicos, a espada sobre a cabeça de todos os brasileiros vai continuar, além de desmoralizar mais uma vez a democracia, gerando consequência psicológica, violência com a perda de referências. O PT e aliados deviam fazer um chamado à população para que votem nos candidatos progressistas, independente de quem ganhar a eleição.

QUEM CRIOU O MONSTRO?

Bolsonaro não é Bolsonaro sozinho. É resultado, acima de tudo, da intolerância contra o PT que as elites e suas ramificações na classe média assumiram. Afinal, o que representa o PT de tão pernicioso e nocivo à esses intolerantes? Absolutamente nada de grave. Distribuiu um pouco da renda, sem tirar do novos e atuais ricos, daqueles que detém menos de 1% da riqueza nacional. Não desrespeitou a Constituição, que podia ter alterado de forma democrática enquanto no poder. Se houve erro no PT, foi pela esquerda, de não ter partido para cima da reação, que agora ameaça à democracia. Esse é o desafio do Brasil e do mundo atual: até onde vai haver possibilidade de conciliação com esses monstros que avançam contra a maioria da sociedade?

28 de setembro de 2018

CAPITÃO ENQUADRA GENERAL


O capitão e candidato à presidência, Jair Bolsonaro, diz que a coligação proibiu o candidato a vice, General Mourão, de continuar falando nos órgãos de imprensa. Essa mesma coligação, que ninguém sabe exatamente quem compõem, já havia afastado o próprio candidato de falar, através da montagem ridícula de um atentado. Atentado claramente manipulado, acobertado e investigado somente por eles e que não resiste a qualquer investigação independente, tantas as contradições. O que o Brasil pode esperar de uma dupla dessa, de desequilibrados? Felizmente o povo está acordando e não vai seguir a Casa Grande nessa empreitada suicida. Parte da própria elite está observando nos EUA o custo incalculável que todos americanos irão pagar pela omissão na eleição de outro degenerado, Trump.

27 de setembro de 2018

STF CAÇA LULA E O TSE O ELEITOR

Até onde a direita golpista pretende atuar para impedir a vitória nas eleições de 2018 do PT, para à presidência de República. O STF, condena, prende e tira da eleição o candidato, Lula, líder do PT, sem prova, baseado em convicção, desrespeitando a legislação, inclusive a Constituição. Agora caçam o direito de 3,3 milhões de eleitores (a maioria dos municípios brasileiros e alguns Estados não tem esse número de eleitores). Eleitores que provavelmente não tiveram acesso a informação sobre recadastramento biométrico, como a maioria dos brasileiros. Certamente eleitores pobres com dificuldade de acesso e condições precárias de vida, ou seja, eleitores simpatizantes de Lula e do PT. Uma medida arbitrária, estrategicamente montada e direcionada para atingir algumas comunidades. É burocracia a serviço do golpe. Não foi para isso que o TSE foi criado, mas para estimular e facilitar a democracia na soberania do voto.

26 de setembro de 2018

A ERA TRUMP

O mundo sofre uma transformação de valores. O nazifascismo retorna, após seu nascimento na 1ª. e 2ª. guerra mundial. Na época o terror fascista tinha como justificativa o surgimento do socialismo em 1917, na Rússia. Entretanto, o avanço do socialismo internacional fez o fascismo recuar e veio a socialdemocracia, o Estado do bem Estar Social e as organizações internacionais (ONU, OMC, FMI, BM, etc.). Mas após a queda do socialismo europeu, em 1990, vem crescendo a ultradireita, agora sem inimigo à vista. Trump, Bolsonaro, Le Pen e outros líderes radicais de direita crescem no mundo, com perfil antidemocrático, racista, nacionalista, sexista, xenófobo, machista. São porta-vozes da nova sociedade de mercado, concentradora de renda que espalha desemprego, fome e violência e cria a revolta e ódio, deformando a realidade que atinge a todos. O riso nervoso de 192 países contra Trump na ONU sinaliza isso

25 de setembro de 2018

O ATENTADO À BOLSONARO

Esse atentado à Bolsonaro é muito estranho. Um homem cercado de todas as forças de segurança do país deixar um estranho se aproximar, sair ileso, sem nenhum arranhão para ser preso. Uma segurança muito respeitosa. A falta de sangue notoriamente observada e que de repente se transforma num caso grave. O agressor cita uma série de empregos para justificar rendas e não se revela nenhum nome dessas empresas. Qual o problema de citar os empregadores? O depósito alto em sua conta foi rapidamente abafado. Por que não mostrar seu saldo? Deixar para a véspera da campanha eleitoral a revelação sobre possível mandante. Esse pessoal da polícia tem doutorado em armações para acusar e ninguém tem acesso a nada. Ninguém se espante se o PT não aparecer nessa acusação. Nessa trama toda Bolsonaro, sem dúvida, foi o maior beneficiado. Saiu como vítima. Não fala M e tem o Globo fazendo campanha

DAVI CONTRA GOLIAS

David contra Golias. Esse conto bíblico de um homem de quase três metros, forte, lutador e que enfrentou um homem normal numa luta desigual, é como pode se ver essa luta que trava Lula e aliados contra seus algozes. São quase vinte anos de massacre de intrigas e fake news (notícias mentirosas) atingindo Lula. Sofreu todo tipo de acusação pessoal e na família, vasculham toda sua vida particular, sem nada para incriminar. Inventam a propriedade de um tríplex e sítio que não está em seu nome e o prendem para não vencer a quinta eleição presidencial. Lula indica seu substituto e esse avança rumo a vitória. Na história universal real é, sem dúvida, um fato inédito um presidente operário conseguir esse feito com tanta perseguição dos inimigos. Aconteça o que acontecer Davi brasileiro e seu exército petista e aliado não podem suspender a mobilização, porque vencer está sendo muito difícil, mas governar será bem pior.

24 de setembro de 2018

O RSICO DESSA CAMPANHA

 
O maior risco eleitoral para o PT nessa campanha é a eleição do Congresso, eleito ou não Haddad. É improvável que a direita e ultradireita embarquem numa aventura militar, pois essa não teria nenhuma perspectiva de futuro e fortaleceria ainda mais o PT e Lula num futuro pleito eleitoral. O risco maior com relação ao adversário é ele tentar repetir a estratégia Dilma com Haddad, ou seja, o poder econômico estar jogando muito dinheiro para eleger outros “Cunhas” e “Centrões”.  A legislação proibiu dinheiro jurídico de empresário, mas não o físico. Sobre a eleição do Congresso é sempre bom lembrar que os demais candidatos não precisam se preocupar, pois todos são de direita e afinados com o poder econômico e suas reformas. O único que não segue a cartilha é o PT. Haddad e Lula precisam conscientizar o eleitor no programa eleitoral de TV, nesses últimos dias. Outro risco é sempre o “Oba-Oba” do já ganhou.

TRUMP E BOLSONARO

TRUMP E BOLSONARO
Trump e Bolsonaro, fenômenos políticos difíceis de entender a sua origem. Nos dois casos a direita conservadora tradicional foi atropelada pela ultradireita. O resultado dessas duas aberrações políticas ninguém ainda conseguiu entender e prever as consequências. Nos dois casos perdeu-se o controle. Nos EUA os próprios indicados de Trump não confiam nele e tentam controlá-lo. No Brasil, o bolsonarismo foi forjado no antipetismo, crise econômica, judicialização da política, instabilidade institucional, a polarização da violência, intolerância e ódio. O nazifascismo de Hitler também teve muito desses adubos, mas o petismo de Lula está longe de representar uma ameaça, como fazia a URSS com seu arsenal nuclear. Nos EUA, não existe petismo ou ameaça de esquerda. Portanto, está difícil encontrar quem representa ameaça a essa nova ordem neoliberal, financeira e fascista. Qual a origem desse radicalismo?

22 de setembro de 2018

A DESINFORMAÇÃO

A desinformação certamente é a maior ameaça ao futuro democrático de nosso país. Vem se agravando e radicalizando, desde o surgimento político do operário Lula. Em 1989, a desinformação elegeu somente para derrotá-lo um aventureiro, que quase lança o país no abismo. O Brasil mudou não foi mais o mesmo. Eleições extremamente manipuladas por veículos de comunicação monopolizados e partidarizados. A notícia única. Em 2003, muito terrorismo com a eleição de Lula. Deixaram assumir acreditando que se desmoralizaria por não ser formado em universidades. Enganaram-se. Foi o melhor da história, junto com Getúlio. Radicalizam na desinformação, até o golpe em 2016. Vem 2018. Prendem Lula. A desinformação faz contorcionismos políticos, mas só sobra a ultradireita como alternativa. Outra aventura. Mas, Lula e seu projeto político, em qualquer situação, saem mais fortalecidos

21 de setembro de 2018

A FARSA COM BOLSONARO

A direita golpista perdeu a confiança e o apoio do eleitor. Seus candidatos e partidos não deslancham. O que fazer para que o golpe contra Dilma e a prisão de Lula não se torne um fiasco? Essa estratégia dos golpistas é que os levaram a apoiar a ultradireita de Bolsonaro, um candidato absolutamente despreparado na economia, na democracia, formado sob a concepção de Segurança Nacional anticomunista, da época da ditadura militar de 64. Uma criatura estranha, que surge num terreno de terra arrasada pela elite na ética, na economia. Algo semelhante ao surgimento do fascismo de 33, na Alemanha, de Hitler, devido a 1ª. guerra mundial. O candidato é mala pesada e perigosa. Para que a elite não desperdice a última bala e abra espaço para o retorno do PT, inventaram um atentado ridículo.  A porta-voz dele é o Globo. Um teatro surreal e do absurdo. Agora é ver até onde vai e o que reservam ao povo brasileiro.

ESTRATÉGIAS DO NEOCONSERVADORISMO

 Bolsonaro é o perigo ameaçador que o neoliberalismo colocou na sala para fazer chantagem e chegar ao poder pelo voto. O “The Economist” e outros jornais internacionais conservadores levantam a bola para os neoliberais e denunciam a ameaça Bolsonaro. A estratégia inicial neoliberal com o “centrão” e tempo de TV fracassou. Desencavam FHC, que volta a pregar um centro da política, um centro divino e salvador para eles. Não existe esse centro, existe é seu programa neoliberal, demonizado pelo povo, após o golpe do PSDB e as elites. Apelam a um candidato mais palatável (tipo Ciro) para derrotar o PT. Criam ficções de pesquisas, de Ciro derrotando Bolsonaro, pura “pegadinha”. Ciro só vence com apoio do PT. Querem o voto do PT para desmoralizar Lula e a esquerda, copiando a França. Nunca esquecendo: FHC era um intelectual considerado de esquerda, até 1994, quando foi capturado pelo neoliberalismo

20 de setembro de 2018

UNIÃO DO NEOLIBERALISMO E FASCISMO

 
União do neoliberalismo e do fascismo, esse é o roteiro atual que a história nos reservou para 2018. O Globo não é apenas mais uma empresa de comunicação, é uma corporação, um monopólio nacional. Fala por si, tem total independência dos demais setores produtivos e representa uma ameaça a quem atravessa em seu caminho, seja quem for. Um monstro, um terror, desenvolvido ao longo dos anos com benesses e chantagens ao Estado. A União do Globo e de Bolsonaro representam duas teorias ideológicas cuja finalidade é triturar (essa é a palavra) a população não proprietária dos meios de produção. É a austeridade crescente no social, liberdade e regalias absoluta para o capital unida ao autoritarismo racista, classista, homofóbico, de gênero, com suporte do aparelho repressor, militar, policial e jurídico estatal. Em síntese, a barbárie. Mas nos resta uma única esperança: PT, a curto, médio ou longo prazo.

19 de setembro de 2018

EMPRESAS SE PREOCUPAM COM ELEIÇÃO


Interessante que a Mercedes-Benz no Brasil está preocupada com as eleições de 2018. A Mercedes –Benz e outras montadoras instaladas no Brasil tiveram um papel preponderante no financiamento da ditadura de 64. A lista atual das que financiaram, através da Fiesp, o golpe contra Dilma, em 2016, só será conhecida daqui a alguns anos, quando os historiadores revelarem, mas, sem dúvida, a Mercedes-Benz estará nessa lista. A preocupação da Mercedes é com o plano de governo sobre a economia. Naturalmente para saber se o plano econômico vai ajudar a aumentar seus fabulosos lucros. Essas empresas tem dificuldades de entenderem que todas elas representam menos de 1% da população e que quem está e deve decidir sobre esses planos econômicos é a maioria da população de 99%. E, para isso, só se conhece um método: a democracia com o voto soberano de todos

18 de setembro de 2018

O TEMPO DESMORALIZA FARSAS

Muitos acreditaram e acreditam nessa farsa do atentado à Bolsonaro, mesmo no PT. Vai ficando evidente que, sob o comando do Globo, a direita tradicional neoliberal resolveu apoiar a ultradireita. Aceitam qualquer perspectiva que não a democrática do PT. Não é a corrupção, pois seus aliados estão todos envolvidos, é a distribuição de renda do PT e o ódio de classe, que vem desde a monarquia e da República Velha. A estratégia para apoiar um homem totalmente despreparado e lunático, com Bolsonaro, foi esse pseudo atentado. Ele falando m só perde voto. Seu vice também. Afastaram ele, através de uma facada, que ninguém viu sangue algum, colocaram no CTI e fizeram várias cirurgias. Tudo é sigiloso, esconderam o agressor. Com isso, o Globo, colocou ele de vítima, copiando Lula, não fala m nas entrevistas e o Globo fala por ele 24h e faz sua campanha. Simples assim. As pesquisas tbm são suspeitas.

A "PEGADINHA" DA URNA ELETRÔNICA

A denúncia de Bolsonaro sobe fraudes nas urnas eletrônicas teve o objetivo contrário ao que hipocritamente tentou propagar: fazer uma defesa das urnas eleitorais, principalmente com o aval do PT e, com isso, dar legitimidade as urnas. É uma estratégia. É notório que se houver fraudes elas serão francamente favoráveis ao candidato da ultradireita, tendo em vista que o TSE e STF estão acintosamente fazendo o jogo golpista e direitista, desde o início desse processo. Esse risco existe para o PT, se a diferença de votos for apertada nas eleições. Nunca esquecendo que quem preparou as urnas eletrônicas para as eleições de 2018 foi Gilmar Mendes, o mesmo que segurou o processo de financiamento empresarial de campanha de 2010 e que elegeu o Congresso mais corrupto da história.

12 de setembro de 2018

BARBÁRIE OU DEMOCRACIA?

Barbárie ou democracia? Esse é o entroncamento político que chegou, nesse exato momento, o Brasil.  De um lado, a barbárie, a ultradireita, tendo na rede Globo direção e divulgação da estreia da peça “Como ganhar uma eleição inventando um atentado” interpretado pelo seu mais recente e viável protegido, Jair Bolsonaro. De outro, a democracia, tendo a liderança de um político e ex-presidente da República, amado e querido pelo povo pelas suas realizações distributivas de renda, enquanto presidente da República, mas preso e impedido ilicitamente de se candidatar à presidência da República, pelo Supremo Tribunal da Inquisição (STI) e que indica como seu substituto, Fernando Haddad.  Uma peça do absurdo sem desfecho previsível, caso a barbárie se sinta derrotada e tente investir numa aventura militar. Uma peça cujo primeiro ato é conhecido, mas o epílogo é e será sempre uma incógnita, para um lado ou para o outro.

10 de setembro de 2018

DEMOCRACIA SURREAL

Essa campanha eleitoral resultante de um golpe (2016) seria suficiente para torná-la uma fraude. Mas se somam os saudosistas e as vivandeiras da ditadura militar de 64 (militares, rede Globo, Fiesp, bancos, EUA). É muito golpe para um povo pobre, esfomeado e desempregado como o nosso. Novamente tentam impor um governo militarista e entreguista, com voto. Uma candidatura que age como se estivesse em plena guerra fria, entre comunistas e capitalistas. Montam as mesmas farsas de atentados para culpar adversários. Ninguém sabe para onde caminha o país e seu povo com essa gente no poder e esse delírio. O comandante do exército, General Villas Bôas, declarou que a vitória do PT seria uma afronta à Constituição, quanto à lei da ficha limpa. Pela 2ª. vez eles descumprem e rasgam a Constituição.  O PT tenta retomar a democracia e entregar à soberania popular, através do voto, o destino do país.

9 de setembro de 2018

O INIMIGO DA DEMOCRACIA E JUSTIÇA

O maior inimigo da democracia não é Bolsonaro. É a indiferença, a falta de informação e a revolta. Em síntese, o analfabetismo político descrito por Bertolt Brech. O analfabetismo é a arma principal dos poderosos para impor seu domínio e controle sobre um povo, desde sempre. No Brasil, essa obviedade só atinge uma minoria do povo trabalhador, mas é a estratégia central de toda elite abastada. A eleição de 2018 já nasce antidemocrática, pelo arbítrio e autoritarismo dos poderosos, vença quem vencer. Vencendo o PT, haverá luta para reformar e democratizar a justiça e a comunicação. Vencendo a ultradireita, para beneficiar as elites e ampliar o analfabetismo, com mais violência. Esse quadro da luta de classe, um fantasma para as elites, evolui lentamente na história a favor do trabalhador. No Brasil a esperança é que haja um salto de qualidade, com a eleição do PT, Lula Haddad, Haddad Lula.

7 de setembro de 2018

A EXPOSIÇÃO DE BOLSONARO NO GLOBO

Vai ficando clara a estratégia do Globo e Bolsonaro nesse atentado. Dar a ele 24h de exposição na sua rede de comunicação para melhorar seus índices de aprovação. O Globo entrou na campanha de Bolsonaro e largou Alckmin à própria sorte. Muita especulação, muita notícia, muita contradição do atentado e do ferimento. Começou informando uma coisa e foi mudando a versão, usando termos científicos incompreensíveis que ninguém entende. Provavelmente isso deverá se estender por todo o processo eleitoral. A especulação, nesses caso, se estenderá  ao autor do atentado, não ficando descartável a possibilidade do Globo chegar até próximo ao PT ou pelo menos insinuar para a opinião pública. Quanto a mostrar o ferimento jamais acontecerá. A investigação, o tratamento e as versões são exclusivas do Globo. Esse tipo de atentado foi muito usado na ditadura de 64 e a ação atribuída aos comunistas.

BOLSONARO E GLOBO SÃO VIOLÊNCIA

A campanha de Bolsonaro e do Globo, na essência, é um estímulo à violência. A intervenção militar no Rio é isso. Combater violência com mais violência, dando armas é a proposta de Bolsonaro. Na violência para eles não entra a fome, o desemprego e as injustiças. Eles não querem entender e nem aceitam essa visão porque defendem a classe rica (banqueiros, empresários e parte da classe média, alienada política) responsáveis por essas mazelas. Esse é o programa de Bolsonaro e do Globo: matar pobres e negros em favelas, todos bandidos e traficantes. No rol incluem gays, mulheres, imigrantes. O atentado é notoriamente uma farsa montada. Sempre surge quando seus argumentos perdem força política para a oposição, no caso o PT e Lula. Tem inúmeras contradições e mentiras, que seria facilmente desmoralizadas, fosse corretamente investigadas. Mas na trama quem investiga e divulga são aliados.

6 de setembro de 2018

DIFÍCIL ACREDITAR EM ATENTADO

Difícil acreditar em atentado a Bolsonaro. Bolsonaro e o Globo estão entre os principais responsáveis pela campanha de ódio e intolerância, que vem se arrastando contra Lula e o PT. Bolsonaro anda cercado de seguranças profissionais e ninguém seria louco de cometer atentado, a não ser doente mental, como no caso da mentira do atentado à Kennedy (EUA). No Brasil já teve precedente no atentado à Lacerda. Um tiro no pé que nunca ele deixou examinar ou ver a bala ou o ferimento, mas levou Getúlio ao suicídio. Bolsonaro é o símbolo da violência pela violência, seu lema: “bandido bom é bandido morto”. Portanto, explora a violência como fim e não como decorrência de abandonos e injustiças. A direita que apoia Bolsonaro é a direita apologista dos terrorista de 64, que lançavam bombas, assassinavam inocentes e culpavam a esquerda. A direita golpista viu que não tem chance. Vai apoiar Bolsonaro e entrou no jogo sujo.

5 de setembro de 2018

A DITADURA NÃO ACABOU

A impunidade das lesões físicas, morais, sociais, éticas, econômicas e políticas da ditadura militar de 64 desaguaram nesse golpe de 2016. Anistia foi seu nome. Reflita. Brasileiros lutavam por vida melhor, salário, emprego, democracia e justiça social e eram acusados de comunistas, presos, torturados, assassinados. Golpearam a democracia, expulsaram o presidente eleito, Jango. Em 2016, algumas diferenças, mas o essencial da luta de classe continua. Não usaram forças armadas (por enquanto), mas golpearam a presidente eleita, rasgaram a Constituição e prenderam o líder do PT, agora sob a acusação, sem provas, de corrupção. A luta pelos direitos é a mesma. A ditadura agora usa os poderes civis da República, principalmente a Suprema Corte de Justiça. As lesões e violências, excetuando assassinatos na prisão, continuam. O financiamento idem: bancos, Fiesp e EUA. Cresceu muito foi o apoio tirânico e fascista da mídia. 

4 de setembro de 2018

A INÓGNITA BOLSONARO


Uma situação política inédita e de temor (ou terror) vive a realidade atual brasileira, após treze anos de governo do PT, que desmoralizou a austeridade, essência da política econômica do mercado financeiro. O PT apostou no mercado interno, estimulou o consumo, através da distribuição de renda. Uma antídoto criativo e contrário à selvagem financeirização e neoliberalização do capital. Foi execrado, expulso do poder, preso pelo capital financeiro, através do suporte de seus poderosos veículos de comunicação. É nesse terreno adubado pelo ódio e por fake news que surge esse monstro, absolutamente despreparado, racista, machista, homofóbico, torturador, inimigo de pobres e negro, que ameaça distribuir armas para matar bandidos, chamada Bolsonaro. Um psicopata formado nos porões da ditadura militar. Quem apoia e financia esse insano? Trata-se de estratégia ou uma bolha das elites?

3 de setembro de 2018

UM MUSEU CHAMADO BRASIL

O que a ciência e a cultura do Brasil podem esperar de governantes ilegítimos, que desrespeitam a soberania do voto, a Constituição e a vida de milhões de cidadãos brasileiros? O incêndio no Museu Nacional destruiu um acervo de 20 milhões de peças da nossa história e universal de duzentos anos. O incêndio é o retrato fiel da concepção política e golpista de austeridade, imposta por aqueles que assaltaram o país e rasgaram sua Constituição.  Uma austeridade estendida ilegitimamente por 20 anos, que atinge bens sociais, patrimoniais e acervos históricos irrecuperáveis como esse do Museu Nacional. Como punir esses facínoras? Difícil, pois se escondem por trás de uma aparelho estatal repressivo, político e jurídico. Por tudo isso é que essas eleições tem dois caminhos: ou dá continuidade a esse incêndio criminoso ao país, seu povo, sua história ou retoma a via da normalidade, do crescimento, com distribuição de renda

2 de setembro de 2018

A PRESSA EM SUBSTITUIR LULA

A pressa, pressão e terror que os golpistas fazem ao PT e Lula para um plano B e indicar substituto tem razões: Primeiro, avalizar uma eleição fraudada e ilegítima; segundo, ter tempo de mirar na nova candidatura do PT, fuzilar e desmoralizar covardemente com fake news (notícias mentirosas), idênticas às de Lula; terceiro, reorganizar e definir seu exército genocida. Quem terá chance efetivas ou o apoio explícito pela direita ou ultradireita. A manutenção da candidatura Lula apresenta três fatos inéditos para a elite golpista: a resistência de Lula dentro do país (não se suicidou, nem se asilou) e o apoio popular que cresce, mesmo preso; a desmoralização dos três poderes, principalmente da justiça que saiu do armário e avança cada vez mais para a ilegalidade, buscando dar legitimidade ao golpe e, finalmente, a instabilidade e indefinição que provoca no exército inimigo.

A INSTABILIDADE NÃO TERMINA

Os golpistas insistem no erro de culpar Lula de um crime que não existe. É piada o tríplex e sitio de Atibaia, o maior exemplo concreto e real de fake news (notícia mentirosa). As mídias repetem a todo minuto que Lula cometeu crime de corrupção e lavagem de dinheiro. Um massacre. Por se tratar de uma grande farsa eleitoral tudo será desmascarado, antes ou após as eleições. Antes, Lula ganha, depois, será fraude e os eleitos ilegítimos. Não se engana todo mundo a vida toda.  A instabilidade crescerá na medida que a agenda genocida e entreguista (neoliberal ou da ultradireita) seja executada. Consertar um golpe com outro golpe não existe. Estão tentando repetir tudo que a ditadura de 64 fez abonada pela anistia. Mas a história e realidade atual são outras. Outra instabilidade será do novo Congresso e das feridas abertas pelo judiciário. Nenhum candidato terá segurança política e legal. Só uma nova Constituição pode resolver.

1 de setembro de 2018

O IMPASSE

O Brasil caminha dia a dia para um impasse político. As elites cada dia perdem mais sua identidade, se confundem, se contradizem. E tudo isso num processo que vem se agravando, desde 1989, com o surgimento e trajetória de um líder metalúrgico, que se habilitou, pela primeira vez na história, à presidência da República. Desde então a elite vem expondo e perdendo seu discurso de democracia e liberdade. Muitos brasileiros vem acompanhando essa novela. A elite, não sabendo lidar com o problema Lula, permite que ele alce o cargo mais alto, após três tentativas, acreditando que seria rapidamente desmoralizado. Erraram. Lula tirou o Brasil do mapa da fome. Não há como derrotá-lo com o arcabouço legal até então existente. Retrocedem à Inquisição religiosa da idade média, usando a jurídica. A única saída para o impasse no Brasil será eleger um Congresso Constituinte para elaborar nova Constituição.