A DESINFORMAÇÃO SOBRE A UCRÂNIA

Todas as iniciativas políticas, por exemplo, como essa invasão da Ucrânia, apresenta diversas nuances e leituras, desde a mais simples que segue a narrativa e versão da grande mídia imperialista, até a dos analistas mais estudiosos de política. Na essência essa invasão da Ucrânia pela Rússia tem como raiz a geopolítica imperialista dos EUA, em declínio, temendo o avanço da China e de olho nas grandes reservas de petróleo e gás da Rússia com a Europa. Aconteceu com todos os demais conflitos que promoveu, mas Rússia não é Irã, Iraque, Líbia, Síria ou Afeganistão. A estratégia foi atacar indiretamente cercando a Rússia e obrigando se posicionar para desmoralizá-la, enfraquecê-la, política e economicamente. Putin percebeu e moveu suas pedras. Moral da história: guerra se sabe como começa, mas não como termina. As divergências entre potências nucleares só negociando, mas o pós-Ucrânia o mundo jamais será o mesmo. 

A GUERRA NA UCRÂNIA

Guerra na Ucrânia muitas leituras. A grande mídia imperialista, através de uma campanha maciça e massiva dá a sua versão falsa da realidade e, com isso, captura muitos desinformados. Nessa hora usam chavões e conceitos liberais que nunca cumpriram, como autodeterminação dos povos. Desde o fim da 2ª. guerra mundial o que EUA e Europa mais fizeram foi bombardear, invadir e golpear governos e nações. Inúmeros exemplos que o espaço curto não permite citar. Desde o fim da URSS, países ocidentais vem promovendo um cerco à Rússia, através da Otan. A partir de 2014, golpearam a democracia e colocaram um nazista idiota e submisso no poder. Algo semelhante ao que ocorreu no Brasil. A Ucrânia seria usada para cercar a Rússia de mísseis. Fragilizá-la. Putin não iniciou a guerra, mas encerrou. O ocidente sabe que não tem condições de iniciar 3ª guerra mundial, todos capitulam. Usou a Ucrânia como provocação e a abandonou. 

POR QUE A UCRÂNIA?

Por que a Ucrânia está no centro das ameaças de guerra veiculadas pela grande mídia monopolista e imperialista? Porque todas as guerras, golpes e crimes cometidos pelos EUA, nesse milênio, envolveram a hegemonia da energia. Golpeia países ricos em reservas de petróleo, gás, inclusive o Brasil do pré-sal. Na Ucrânia vai passar o gasoduto russo, Nord Stream2, que abastecerá a Alemanha, em 50% e pode tornar a Europa independente em energia do interesse UNIPOLAR dos EUA. No centro da disputa o terror que tem a elite dos EUA pela MULTIPOLARIDADE da energia. Moral da história: a classe dominante (bilionários), tanto europeu, quanto sul americano desinforma o eleitor e elege seus representantes. O povo, lá e cá, paga pela desigualdade crescente. Precisa acordar, se conscientizar. Como? Fora Bolsonaro. 

O DESESPERO DO IMPÉRIO

 “A Rússia vai invadir a Ucrânia”, esse o mote estratégico da geopolítica dos EUA, ditada pelo Pentágono, sob um foco poderoso do arsenal midiático. Visa impedir a independência energética da Europa, especialmente da Alemanha (gasoduto). Ouve dois outros momentos, pelo menos, que o mundo assistiu esse pânico provocado pelos EUA, para não perder o controle unipolar da energia: na queda das Torres Gêmeas (a ameaça era o terror), na invasão do Iraque (a ameaça era possuir armas de destruição em massa). Duas farsas. Existe o pavor dos EUA com seu inevitável declínio e a nova ordem multipolar mundial. Há riscos, principalmente numa era nuclear. Os próximos dias serão de provocação dos EUA à Rússia para uso militar e justificar medidas punitivas e bloqueios econômicos, sob sua égide. 

CENTRÃO

O que é o “centrão”? Uma união de parlamentares que visa unicamente “levar vantagem”, ganhar poder, dinheiro, enriquecer. Vem da Constituição de 88 e um falso conceito de liberdade absoluta para a formação de agremiações políticas (uma armadilha), visando se contraditar à ditadura de 64, que impôs duas agremiações: Arena e MDB. Deu no que deu: um país ingovernável, seja qual for a direção ideológica do governo. Infelizmente, esse conceito radicalmente individualista de ver o mundo, no Brasil, não está apenas presente no parlamento, mas na informação (mídia), na tutela militar, policial e na justiça. Moral da história: sob essa égide a governabilidade é insustentável. A oposição eleita em 2022 vai ser obrigada a rever esses conceitos para governar. Fora Bolsonaro, volta Lula com Congresso de esquerda e progressista. 

FALSA ORDEM DE DESENVOLVIMENTO

Dentre as inúmeras tragédias que vive o Brasil e a comunidade internacional, dois temas se destacam nesses dias: o retorno de triste memória da guerra fria provocada pelo complexo industrial militar dos EUA (Pentágono), agora atingindo a Rússia. Um complexo herdado da 2ª. guerra mundial para vender armamentos, fomentar guerras e destruição no intuito de atender interesses econômicos e políticos exclusivos dos EUA. No Brasil a herança maldita da colônia e escravidão presente em parcela da sociedade, na polícia, justiça, órgãos de comunicação, que invadem comunidades pobres, sob acusação de tráfico, para justificar a matança de jovens pobres e negros. No Brasil o VOTO em 2022 pode mudar rumo dessa história. Fora Bolsonaro, volta Lula, com Congresso petista e progressista. 

2022, ANO ATÍPICO, ESTRATÉGICO

Na história política do Brasil 2022 é ÚNICO. Nunca a direita esteve tão desgastada e desmoralizada devido a relação promíscua com a ultradireita. Promoveram um processo de saque e destruição ao país incontrolável, insustentável. Difícil conter a candidatura presidencial de Lula. Candidaturas à presidência consomem até 70% e desistirão, por pressão parlamentar. A eleição se dará no campo congressual, legislativo e com outro fato inédito: o orçamento e o Estado 100% assaltados entregue a parlamentares venais do centrão. Executivo fora. Oposição (centro-esquerda, esquerda, progressistas) precisa unir forças, gastar “sola de sapato”, correr às bases para levar o executivo e não perder o legislativo. Fora Bolsonaro, volta Lula, com congresso progressista. 

2022, ANO HISTÓRICO

Lula já avisou que quando for indicado candidato a presidente se afasta do PT e passa a liderar um movimento. Qual é a mensagem aos petistas? Lula compondo um movimento não pode fazer campanha explícita para os petistas, pois vai criar problemas com os demais partidos. Na verdade, Lula, sempre foi resultado de um movimento, desde 1978, contra a ditadura de 64. Agora, é o neofascismo. Vencendo o pleito o movimento continua e vai ter de matar um “leão por dia”. Cabe aos petistas e a esquerda organizar as bases para a eleição e vencendo continuar a luta nas manifestações de rua cobrando do governo Lula as mudanças de RECONSTRUÇÃO que o país tem urgência. Isso o ajuda. Fora Bolsonaro e por um Congresso petista e de renovação. 

RÚSSIA, EUA, UCRÂNIA

Partiu de um ex-presidente dos EUA, Dwight Eisenhower, em 1961, o alerta sobre o perigo do COMPLEXO MILITAR INDUSTRIAL (Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos EUA), formado após a 2ª. guerra mundial e usado na guerra fria contra a URSS. Máquina poderosa de guerra que acumulou poder e comanda a política e partidos políticos dos EUA, controla o orçamento, se nutre de guerras, conflitos para expandir vendas de armamentos. Utiliza argumentos mentirosos, imbecis diversos para bloquear economias, bombardear, invadir, golpear e saquear nações, como o Brasil, quando seus interesses são contrariados. Rússia é “bola da vez”, potência militar e nuclear, difere de Iraque, Afeganistão e outros países. O que objetiva e significa essa provocação, armar a Ucrânia, cometer haraquiri geral, debilitar e isolar a China, desespero com seu declínio?