24 de julho de 2018

A ELITE E A SUCESSÃO PRESIDENCIAL

O mestre em sociologia e professor de história, Vagner Gomes de Souza, faz uma matéria no JB, dizendo que existe no meio empresarial uma parcela de empresários do setor produtivo, democrática e progressista, que não se subordina a elite empresarial do atraso. Apostam no desenvolvimento industrial associado ao respeito ao meio ambiente e aos direitos dos trabalhadores. Diz que essa parcela deveria ser convidada para entrar no cenário da política brasileira. Não se sabe se esse sociólogo é um cabo eleitoral da campanha de Ciro Gomes, que defende essa posição. O difícil é identificar na prática onde estão esses empresários, pois no golpe e na crise brutal que eles engendraram não se teve conhecimento de nenhum desses empresários. O que se viu foi uma omissão total do empresariado.

A FAMIGERADA UNIÃO DE ESQUERDA

Há uma certa dificuldade da esquerda: PC do B, PDT, PSB, PSOL de entender o quadro político atual. O PT, um partido de esquerda, ganhou a eleição para a presidência da República por treze anos, a primeira vez na história do Brasil que isso acontece, e realizou um governo que distribuiu renda. Isso incomodou a elite que sempre dominou a política e resolveram afastar, através de um golpe claro, a presidente Dilma e prender, sem prova, o candidato (Lula), que tem o apoio da maioria da população. Foram dois golpes. Que união é essa que a esquerda prega? A de um terceiro golpe ou da conciliação com os golpistas? É isso que está colocado. Qualquer eleição sem a presença de Lula não terá legitimidade e será idêntica à de Temer.