Essa campanha monstruosa da reforma da previdência, Globo News na vanguarda, é toda visando à capitalização da poupança dos trabalhadores. Ficam excluídos o Estado, os patrões, as empresas. E como será? Todo trabalhador terá uma conta poupança obrigatória nos bancos privados e descontará para sua aposentadoria de acordo com um cálculos por eles feitos do montante que pretende se aposentar daqui a X anos. Serão 40 anos trabalhando e descontando (sem considerar o desemprego). Um fundo privado gerido pelos principais bancos (Itaú, Bradesco, etc.) do país administrará esses recursos (trilhões de reais). O cálculo atuarial dessa futura aposentadoria só será conhecido após a reforma da PEC (armadilha) e será acrescido de taxas de administração, a critério dos bancos. Quem ganha um ou dois salários mínimos (95%) terá um salário bem abaixo do previsto. Esse é eldorado do sistema financeiro: milhões de escravos servindo ao senhor em pleno século XXI.
13 de março de 2019
HISTÓRIA DE UM TORTURADOR
O documentário “Pastor Cláudio” que estreia amanhã, dia 21, analisa a história de um torturador e assassino durante a ditadura militar de 64. Com a frieza de um psicopata relata as torturas e execuções. Não deve ser fácil assistir, principalmente para os que viveram a época, mas é importante, principalmente para os mais jovens terem a consciência do ódio de classe e da falta de limites da elite com os adversários políticos, quando veem seus interesses ameaçados. Guarda semelhanças com o Brasil de hoje. Cláudio Guerra, o assassino, é hoje pastor e diz que não faria o mesmo, mas fez obedecendo ordens e por razão ideológica, pois acreditava que o comunismo era realmente uma ameaça. Denuncia que o Brasil continua terrivelmente cruel e os financiadores da ditadura continuam ativos. A anistia preservou criminosos, que ameaçam novamente a ordem democrática e os direitos humanos.
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