31 de outubro de 2020

ESTADOS (DES)UNIDOS

As eleições de 3 de novembro de 2020 nos Estados Unidos expõe fraturas gigantescas na sociedade americana. Várias hipóteses, da futurologia à marxista, já trabalhavam com essas ameaças que rondam as atuais eleições, até guerra civil. Não há nenhuma força cultural, política, econômica, social, religiosa que unifique EUA. Uma sociedade atravessada por conflitos e contradições. Autoritarismo e intervencionismo estatal, desigualdade, concentração de renda é a trilogia que pode explodir nessa eleição. A pandemia e pós-pandemia parece representar a “pá de cal”. Uma rede de fake news com boatarias, usos e abusos de mentiras, confundindo e desinformando a realidade agrava o quadro. É aguardar se o pacto federativo e constitucional terá musculatura para resistir ao ódio e a intolerância.

PESQUISAS FAKES

As pesquisas eleitorais no Brasil sempre foram manipuladas pelo poder econômico. Ibope (Globo), Datafolha (Folha de SP). Pela esquerda, mais confiável, Vox Populi, mas com dificuldades financeiras de enfrentar as inúmeras pesquisas dos inimigos. A oposição (esquerda) se contorcia para fazer leituras “labiais”, “entrelinhas”, usando suposições, que aumentava com a proximidade das eleições até a “boca de urna”, mas o veneno já estava injetado. Em 2020, existe mais um complicador, duas direitas divididas disputando 2022 (neofascismo e neoliberalismo) e um inimigo comum, PT. Nesse campo se encontra a batalha. Muitas armadilhas. Colocam Rio e SP no centro da disputa e acusam o PT e Lula de divisão. Mas a luta continua. Fora Bolsonaro, volta Lula.

28 de outubro de 2020

CONSTITUINTE BOLSONARISTA

Há muitas leituras sobre essa proposta alucinada bolsonarista, Ricardo Barros, por uma nova Constituinte. A primeira, tentar seduzir a direita neoliberal para um novo pacto, usando o Chile como uma ameaça ao Brasil. Segundo, definindo antecipadamente seu conteúdo para atrair o apoio conservador: “reduzir direitos, aumentar deveres do cidadão”. Nova Constituinte jamais poderá acontecer numa ordem neofascista ou neoliberal golpista. A crise econômica e social atingiu o limite. A Constituição de 88 representou avanço, mas ficou no meio do caminho (faltou regulamentar temas importantes nos primeiros cinco anos). A esquerda teve um pequeno protagonismo e prevaleceu o “centrão”, do Sarney, extensão da ditadura militar. Nova Constituinte vai exigir uma adaptação ao novo mundo pós-pandemia, da era digital, da crise mundial do capitalismo, do combate à desigualdade, defesa do clima, reforma do Estado.

27 de outubro de 2020

ELEIÇÕES NOS EUA

Impossível saber o que acontecerá com o mundo, após as eleições de 3 de novembro, nos EUA. É nítido o declínio do império americano. A elite apavorada. China, desenvolve um modelo de mercado que valoriza consumo, cresce e ocupa espaço. EUA, um mercado de austeridade, devastação no consumo, gera déficit, endivida e afoga a economia. O império condenado. Nesse clima ocorrem eleições entre dois partidos que não oferecem saída. Democrata, partido das guerras. Com ele, Barack Obama, iniciou espionagem midiática no mundo, no Brasil. Golpeou democracia, saqueou o pré-sal. Republicano, de Trump, representa destruição ambiental, econômica, reacionarismo nos costumes, negacionismo científico. A pandemia acelerou esse modelo falido de Estado na economia ocidental e a crise avança. No Brasil, o PT saiu na frente, inovou e oferece para debate um PLANO de Reconstrução (salvação) Nacional, baseado em experiência concreta no tripé: ajuda emergencial, emprego (consumo), soberania.

25 de outubro de 2020

O BLÁ, BLÁ, BLÁ DA CRISE FISCAL

O caderno de economia da Globo mais uma vez mente sobre o conceito e a origem da “crise fiscal”, a dívida pública que dispara. Fazem uma leitura mentirosa do que é “crise fiscal”, por que surge. Crise proposital, provocada pelo grande capital que devasta a economia, retira suas receitas, não cobra tributo das grandes fortunas, da herança e patrimônio. Tudo é conduzido exatamente para endividar o país com a emissão de títulos do tesouro pagando altos juros aos banqueiros. No Brasil quem paga imposto é o consumo e a classe média. Reduzem receitas, propõe tetos, corte de gastos com educação, saúde e salários. No governo golpista de Bolsonaro os juros atingem 17,2% do PIB. Dívida jamais auditada, impagável. O PT no governo reduziu a dívida, pagou o FMI, fez reservas de US$ 380 bilhões. O golpe foi dado para endividar e saquear o contribuinte. Fora Bolsonaro, fora golpistas, volta Lula.

24 de outubro de 2020

É POSSÍVEL ALGUMA PROJEÇÃO?

Será possível no Brasil alguma projeção política? Sim. É notório o desgaste do bolsonarismo por não representar mais a unanimidade da farsa da campanha “moralista” antipetista de corrupção, desencadeada pelos veículos de comunicação do neoliberalismo (Globo, mercado financeiro, PSDB, EUA). Bolsonaro é um pária internacional na questão ambiental, na saúde e conduz o país para a destruição na economia. Questão de tempo, insustentável até 2022. Seus apoiadores temerosos com o PT, sustentado por militares, podem naufragar juntos. O desespero da classe dominante (bilionários) tende a crescer na proporção da velocidade que o capitão conduz o país à destruição, principalmente no pós-pandemia (2021). O PT prossegue na sua luta pela volta do Estado de Direito, com candidaturas eleitoralmente viáveis, submete à apreciação uma proposta de PLANO de ação já testado e “fora, Bolsonaro”; volta, Lula.

22 de outubro de 2020

A TRILOGIA EM SUSPENSE

Segundo definição do Aulete trilogia são três obras, artística ou não, subordinadas a um tema central. Pois bem, vacina, 5G e China representa essa trilogia que o mundo vive nesse momento e o tema central é o CAPITALISMO ou capital em declínio. Bolsonaro e Trump não seguem apenas, como faz parecer a grande mídia, um turma irresponsável, radical, racista estridente das redes. Não são esses os principais guias de suas ações, mas o grande capital extremamente concentrador de renda, que ascendeu após o fim da guerra fria, sofreu um revés em 2007 e se desespera para impor um mundo cada vez mais desigual, ameaçado por um modelo novo de capitalismo social, coletivo que é o chinês. A pandemia pode ser sua “pá de cal”, apesar da narrativa ser neoliberal, pois não tem solução para a tragédia social à vista. O Brasil paga um preço alto, mas tem um trunfo: PT, Lula e seu PLANO de mudança já testado.

20 de outubro de 2020

A VITÓRIA NA BOLÍVIA

A eleição e vitória do MAS na Bolívia merece comemoração, mas também reflexão para o processo político no Brasil, com Lula. Rafael Correa (Equador) e Evo Morales (Bolívia) foram impedidos de retornar ao país e obrigados a buscar uma alternativa de poder. Lula permaneceu. A traição política no Equador merece reflexão. Na Bolívia, o milagre econômico que vem sendo atribuído pela mídia exclusivamente à Luís Arce, foi por vontade política de, Evo Morales. Semelhante ao atribuído à Henrique Meirelles, ministro da fazenda de Lula. Na Bolívia, direita e OEA, golpistas, permanecem resignadas com a derrota, até agora. Tem início a intriga para mostrar que há um único vitorioso nesse processo, Luís Arce, reduzindo o protagonismo de Evo Morales e MAS. A formação técnica de Arce é bem diferente da origem indígena de Morales. Tudo faz diferença. Processo eleitoral burguês não é um fim, mas um meio na luta de classe.

19 de outubro de 2020

COMBATE À CORRUPÇÃO

A classe dominante (ricos, bilionários), empresários, banqueiros, mercado financeiro, partidos, veículos poderosos de comunicação nunca foram genuinamente contra à corrupção. O que combatem e querem destruir é o PT e sua vitoriosa política de distribuição de renda aos mais vulneráveis, realizada nos treze anos de governo. A perseguição teve início no “mensalão”, em 2013, lava jato, golpe, prisão de Lula, eleição de Bolsonaro. Nesse interim, dezenas de acusados das elites golpistas por corrupção, com provas concretas e irrefutáveis. Os processos são engavetados e esquecidos. A verdadeira quadrilha de corruptos prossegue tirando dinheiro da saúde, educação, riquezas do país (pré-sal), incendiando a Amazônia, apoiando grupos de extermínio, destruindo a economia. O maior exemplo vem da presidência da República, a elite e seu “morde e assopra”. Somente com o “fora, Bolsonaro” e o “volta, Lula”, isso terá fim

17 de outubro de 2020

PCC E MILÍCIAS

A questão ambiental é o desastre global mais ameaçador à vida no planeta. A pandemia uma decorrência desse mal maior. Outras ameaças no campo sanitário surgirão. Ainda no terreno global, sob jurisdição do homem e leis sociais, há a ameaça da crise econômica, que tbm mata milhões, oriunda do sistema econômico neoliberal, que prevalece no mundo ocidental. Mas, no Brasil, uma outra ameaça, dentre as já citadas, tornou-se uma ameaça à vida dos brasileiros: o crime organizado do PCC, em S. Paulo e as milícias, no Rio de Janeiro. Uma aliança do terror: tráfico de drogas, policiais expulsos, batalhões, delegacias e, mais grave, a política. Uma governança do crime que coloca sob fortíssima suspeição a eleição de 2018, seus vitoriosos, em todos os níveis e as próximas eleições. Em todos esses crimes a lógica do lucro, acima de tudo e de todos, está na essência. A saída proposta pelo PT é: “fora Bolsonaro” e “volta Lula”.

16 de outubro de 2020

CONJUNTURA

Uma leitura desse processo eleitoral de 2020 permite uma reflexão da estratégia das três principais forças da competição: neoliberalismo, neofascismo e petismo. O neoliberalismo (leia-se o Globo, mercado financeiro, PSDB) insiste em sua campanha “moralista”, anticorrupção, no “morde e assopra” à Bolsonaro (o medo é o PT), na expectativa da farsa lavajatista da prisão em 2ª. instância afastar Lula da campanha. É sua única arma. O neofascismo “só pensa naquilo” (eleição de 2022), mantém seu projeto kafkaniano, com onerosa máquina eleitoral de fake news, financiada por empresários reacionários, racistas brancos, analfabetos políticos. Finalmente, o petismo, com a campanha de conscientização, limitada pela pandemia, sobre o desastre anunciado na economia e saúde. Propõe “fora Bolsonaro” e “volta Lula” como saída.

14 de outubro de 2020

GLOBO E A 2a. INSTÂNCIA

Por que esse carnaval midiático da Globo com a soltura do criminoso de S. Paulo por parte do ministro, Marco Aurélio? A Globo tem realmente preocupação com o cumprimento das leis e da Constituição? Está preocupada com corrupção, justiça social ou violência? Inúmeros argumentos e fatos provam que não. A lei e Constituição nunca esteve. Apoiou dois golpes: 1964 e 2016. Corrupção nem falar. Michel Temer, Aécio Neves, José Serra e muitos outros onde a omissão é total. Com justiça social nunca fez campanha para 500 mil pobres presos em 1ª. instância sem julgamento. Violência, acaba de apoiar e eleger para a presidência uma família ligada à milícia e suspeita do assassinato de Marielle. Esse carnaval com o André do Rap é a 2ª. instância que está em questão. O “trânsito em julgado” da Constituição, que Moro no Congresso alterou para tirar Lula da campanha eleitoral. Se STF abrir exceção não prende Lula.

A AUTOCRITICA DO FMI

A crise de 2008 e a pandemia jogaram a “pá de cal” no neoliberalismo. Com austeridade fiscal, teto de gastos, Estado mínimo impossível crescimento ou desenvolvimento econômico. Essa é a mais recente e surpreendente reflexão que o FMI, símbolo maior da exploração capitalista, foi obrigado a fazer. A conta da desigualdade social não pode mais recair nos pobres. Somente com a taxação das grandes fortunas será possível evitar um desastre, uma hecatombe social. O PT em setembro, próximo passado, lançou um PLANO de Reconstrução e Reforma Social, não acabado e para debate e discussão, onde chega a mesma conclusão. Impossível impedir uma crise de magnitude gigantesca aplicando receitas e reformas neoliberais. Não dá mais. O pós-eleição, no Brasil e EUA, deixará bem clara essa realidade. O Brasil, sua elite do atraso, sempre na contramão da história, viverá esse desafio a partir de 2020. Fora Bolsonaro, volta Lula.

12 de outubro de 2020

A LEITURA QUE FAÇO DE BENÉ NA PREFEITURA

Indignada com o desgoverno e destruição do município do RJ, solidária ao que todos os cariocas estão sentindo. Um sentimento de dor, tristeza e revolta com o que vem acontecendo no município, incluindo a omissão do Estado e da União. Desgoverno, destruição, corrupção, violência, assassinatos diários. Vai enfrentar a questão da saúde e emprego tratada com desdém e descaso pelo governo federal. Um presidente da República, que ao invés de ajuda financeira aos mais vulneráveis oferece remédio contraindicado por médicos, empurra o trabalhador para salvar o lucro do patrão, sem garantia alguma na saúde, proteção hospitalar, higienização, testes, máscaras para evitar contaminação do vírus, com isso, milhares de mortes e milhões de infectados ocorrem. Sem renda, sem trabalho a população mais sofrida e vulnerável é obrigada a enfrentar o risco diário no trabalho, nos transporte, nas vias urbanas contaminação e morte por um vírus desconhecido, sem vacina. Nas favelas jovens negros e pobres assassinados diariamente pela polícia, acusados indiscriminadamente de bandidos, traficantes, “maconheiros”. Fato que ocorre somente nas comunidades pobres, demonstrando racismo e preconceito. Dirigentes públicos que não respeitam e tem ódio do pobre. Como prefeita, vai dar um basta nisso tudo. Dedicar todas as energias para priorizar e reforçar a área da saúde e hospitais. Priorizar o SUS. Priorizando e investindo no SUS e na saúde pretende criar empregos em obras, reformas, reparos, limpezas, aquisição de equipamentos, contratação de profissionais. Ampliar o cadastro do Bolsa Família da área restrita à prefeitura, atingir os autônomos. Os recursos de onde virão? Definindo prioridades. Recurso, orçamento é prioridade. Primeiro, como um general no comando de uma guerra trazendo todas as decisões financeiras para as suas mãos. Segundo, ouvindo à população nas suas prioridades. Terceiro, identificando o inimigo mais mortal e ameaçador e priorizando seu combate, seu fim. Na prefeitura, todos os recursos, despesas, pagamentos só com autorização expressa da prefeita. Vai se inteirar da situação real, da destruição anunciada que o prefeito deixou nas finanças públicas. Combater energicamente a corrupção e sonegação escancarada, rever isenções fiscais, “maracutaias”, por acaso existentes no cadastro do IPTU e taxas. Procurar a União para obter ajuda ao município. O presidente e seus familiares receberam votos cariocas, são responsáveis na solução. A história da Bené todos acompanham e conhecem, nada a esconder, nada de desvios. Criada na favela, empregada doméstica, honrada pela população com vários mandatos, deputada, senadora, ministra, governadora. Certeza absoluta que confiam na sua gestão, juntas e juntos, poplação e prefeitura definindo as prioridades, governando democraticamente, com transparência e participação a Cidade que foi e será Maravilhosa.

A AUTOFAGIA DE FUX

No Aulete autofagia é “processo de destruição celular pelos seus próprios componentes”. Foi o ministro do STF, Marco Aurélio, quem denunciou Fux por autofagia. Fux mandou prender novamente líder perigoso de facção criminosa de São Paulo, condenado em 2ª. instância, sem o trânsito em julgado, como prega a Constituição. É uma afronta à Constituição já definida pelo próprio STF. Se injusto ou não, que se acelerem os processos de julgamentos. Fux, partidariza seu mandato para o mercado e a Globo, quer tirar novamente Lula da campanha eleitoral usando falso “moralismo” jogando minutos de fama para a plateia. O ex-presidente do STF, Toffoli, apoiou Bolsonaro. Essa partidarização da justiça Suprema é a autofagia que irá condenar um dia o STF. Lula, não é seu intento direto e paga um preço elevado, está contribuindo para desnudar, de vários maneiras essa partidarização da justiça e mídia. Fora Bolsonaro, volta Lula.

11 de outubro de 2020

CONSERVADOR, REACIONÁRIO, REVOLUCIONÁRIO

Conservador quer manter o quadro atual, o reacionário retroagir ao passado e revolucionário busca um futuro promissor. No Brasil, neoliberalismo (conservador) se aliou ao reacionarismo (Bolsonarismo) para enfrentar o petismo revolucionário. Em síntese esse é o dilema central da política, um debate de conceitos e correlação de forças. Traduz, Bolsonaro, sua visão de mundo e o que faz na política, economia, social, ambiental. Um exemplo é o ambiental, a destruição e queimada da Amazônia. Em 1970 a ditadura militar lançou o programa “Integrar para não entregar”. A ditadura e a elite brasileira tinham receio de perder a Amazônia. Era preciso “colonizar” a região para combater o interesse estrangeiro. Esse conceito reacionário de 50 anos atrás move militares hoje no poder. O mundo mudou, o conceito ambiental mudou, mas o reacionarismo de Bolsonaro e sua tropa continua. Fora reacionarismo, volta petismo.

10 de outubro de 2020

FAKE DO EQUILÍBRIO FISCAL

Toda crise econômica no Brasil sempre foi produzida pela elite dominante (ricos e bilionários). Nos governos do PT o Brasil cresceu todos os índices, fez reserva bilionária, pagou o FMI, se tornou a 5ª. potência mundial. É fake news dos golpistas (neofascistas e neoliberais) afirmar que equilíbrio fiscal se dá somente pela despesa. Querem um Estado fraco e mínimo sem receita, não querem cobrar tributos de grandes fortunas, patrimônios, empresas, banqueiros, heranças, ganhos de aplicações financeira. Sendo mínimo o Estado retira os serviços básicos, de saúde e educação para entregar para a iniciativa privada. Essa corrupção oficial da classe dominante saqueia os bens construídos com recursos do contribuinte, trabalhador da classe média. Em 2020, a pandemia e ultradireita no poder com neoliberais a crise assume proporções de desastre total. Somente o fora Bolsonaro e a volta de Lula o Brasil escapa do caos e da barbárie.

FEBEAPÁ SOBREVIVE

O famoso Febeabá -Festival de besteira que assola o país (1966), de Stanislaw Ponte Preta, anda “levantando a bola” para chutar. Humor tem muitas visões. Uma é a contradição radical e ingênua que insiste em enganar. Por exemplo, no golpe de 2016, é radical e ingênuo tudo que os golpistas pregam. Michel Temer, apoiado pela operação lava jato, veio para combater a corrupção. Lula foi preso por corrupção e propina de um sítio e um apartamento que não é seu. A Constituição será defendida por um candidato e presidente originário da ditadura militar, defensor da tortura. Quem cuida da soberania do Brasil é os EUA. Com a derrota de Trump e a briga pelo poder político entre a criatura (Bolsonaro)e seu criador (Globo e mercado) há muita expectativa de humor. Ascânio Seleme, em sua coluna, deu a partida e uma boa contribuição: Lula, Bolsonaro, Toffoli, centrão, Alcolumbre, Renan estão unidos na defesa da corrupção.

8 de outubro de 2020

BOLSONARO É DESTRUIÇÃO

Bolsonaro, mais do que Trump, é destruição absoluta. No Brasil, toca fogo no Amazonas, na saúde, educação, cultura, economia, que atinge principalmente os mais vulneráveis, mas certamente atingirá a todos, classe média, empresários da produção. O processo que acionou Bolsonaro é irreversível, insustentável, se não for rapidamente contido. O capitalismo estúpido brasileiro (ou manipulado internacionalmente), que elegeu e apoia Bolsonaro contra o petismo, insiste em demonizar os “fura tetos” e não muda. Vai naufragar junto. Em economia oportunismo, “morde e assopra”, falsa penitência pouco adianta. É ou não é? O Brasil está na contramão de todas as nações na austeridade, combate à desigualdade, pandemia, meio ambiente. O prontuário do capitalismo está selado, segundo o economista, Thomas Piketty, mas a elite submissa do atraso brasileira sempre foi alienada. Fora Bolsonaro, volta Lula

7 de outubro de 2020

PT E PSOL

Psol é uma costela do PT. Surgiu da dissidência de parlamentares que não seguiam às decisões partidárias do PT e foram expulsos. No programa do Psol consta ser de esquerda e de defesa do socialismo democrático. Desde sua fundação o Psol se mistura e se omite com a campanha antipetista neoliberal. Foi assim no “mensalão” e nas denúncias políticas da operação lava jato, que culminou no golpe à democracia, prisão de Lula e eleição da ultradireita. O movimento #LulaLivre aproximou Boulos de Lula. Nessa eleição para a Prefeitura, os dois maiores centros políticos, S. Paulo e RJ, tem em SP, Psol à frente do PT e no RJ, PT na do Psol, nos dois casos podendo chegar ao 2º. turno e derrotar à direita. O breve histórico acima revela posições divergentes sobre a leitura da conjuntura nacional, mas face à força e poder de destruição que representa o inimigo é viável se buscar um acordo antes de 40 dias, no 1º turno.

6 de outubro de 2020

O TEATRO DE TRUMP

O teatro de Trump com coronavirus repete parte do enredo de Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido. É a mesma peça na versão norte-americana e inglesa. Os dois atores principais, Trump e Boris Johnson, mirando apenas o processo eleitoral tentando interferir a favor. Boris conseguiu e teve boa margem de votos. A cobertura e narrativa de toda a grande mídia internacional, inclusive do Globo, no Brasil, mostra que a ultradireita tem apoio dos neoliberais. Uma rápida retrospectiva à 2ª. guerra mundial mostra que o enfrentamento verdadeiro ao nazismo quem deu foi a URSS, foi quem derrotou Hitler. A direita ocidental não venceria. Falta convicção e sem convicção não se vence um guerra. No Brasil, Rede Globo está abraçada à Bolsonaro, pois o temor é o retorno do PT. Na 2ª. guerra o inimigo era o comunismo. Só a esquerda pode derrotar as duas direitas. Fora Bolsonaro, volta Lula.

5 de outubro de 2020

LEITURA DA CONJUNTURA

Há muita dificuldade de se situar e entender a velocidade dos fatos e acontecimentos desse milênio. Um marxista diria que se trata de acirramento das contradições do capitalismo. Pode representar tbm uma etapa de transição. O domínio do capitalismo ocidental sobre o mundo vive sobressaltos por um declínio. Há uma crescente exigência de mais energia, segurança e recursos. É nessa ótica que se traduz a operação antiterror da queda das Torres Gêmeas, em 2001, produzida para levar ameaça a todos e justificar guerras, invasões e golpes a países de boas reservas de petróleo necessárias à dominação do império, EUA. Na lista Iraque, Líbia, Síria, Irã, Afeganistão, Venezuela, Brasil. A crise de cobiça por lucros do mercado, de 2008, ampliou o endividamento dos Estados e da população. Nos EUA uma dívida crescente, impagável, insustentável. Cresce a internet, TI, robôs, novas tecnologias e suas plataformas. Em 2001, a operação antiterror dos EUA criou uma lei “USA Patriot Act” em parceria com as plataformas das redes sociais onde as informações e perfis dos cidadãos seriam repassadas para controle. Essa captura de dados pessoais sob alegação de segurança e fim comercial das plataformas caiu no controle de poderosos grupos econômicos reacionários, que passou a utilizar no processo eleitoral. Trump, Bolsonaro e outros provém desse descontrole. Está formada uma ameaça que atinge toda a vida no planeta. Dois novos fenômenos, em 2020, ampliam essas contradições: pandemia e crescimento exponencial da economia, tecnologia, educação e ciência chinesa. Um socialismo de mercado chinês ameaçando dois séculos de dominação liberal ocidental. O capitalismo ocidental tem o controle da narrativa, mas precisa provar que o seu capitalismo de mercado supera o Chinês e sua concentração exponencial de renda não é a responsável pela desigualdade, desemprego, miséria e mortes do Covid-19. Nessa empreitada valoriza e usa o fundamentalismo religioso, negacionismo, antiambientalismo, anticiência, racismo, machismo e outros ismos.

4 de outubro de 2020

"ÀS FAVAS" ESCRÚPULOS

“Às favas” escrúpulos, é a mensagem que a classe dominante (bilionários e trilionários) está mandando à população. A extrema concentração de renda geradora de desigualdade e violência é caminho sem volta no liberalismo. Impossível manter os valores e conceitos até então em vigor de democracia, liberdade e soberania. Falta aguardar o resultado da eleição de novembro do império, EUA, para o lado ocidental definir seu futuro. No Brasil, os primeiros passos foram dados. Golpe constitucional, tutela militar, captura da justiça e grande mídia. Eleição apenas com garantia de vitória. Um roteiro de violência que não dá alternativa ao país a não ser confronto e violência.

2 de outubro de 2020

PLANO DE RECONSTRUÇÃO DO BRASIL

O Plano de Reconstrução do Brasil lançado pelo PT precisa ser lido e conhecido pelos petistas. É um pouco extenso e exige alguma paciência para ler e refletir. Uma sugestão é começar lendo seu final, o balanço do que fez o PT nos governos Lula e Dilma. Uma revolução econômica e social estava a caminho, não apenas no Brasil, mas influindo na América do Sul, Latina e outros países, como China, África e emergentes. Muita ousadia, extrapolou fronteiras. Lendo se entende o desespero e o destempero do golpe. Moral da história: neoliberais jamais teriam chance de retornar ao poder pelo voto. Nessa ótica deve ser analisado o inimigo. Por que, a importância do Plano? Não há chance da esquerda voltar ao poder se não for por ampla conscientização e mobilização popular. É para isso que serve o Plano, lendo, vindo por trás ou pela frente é a nossa principal arma, além, é claro, da ajuda nas contradições inimigas.