Iniciativa sábia teve o Coletivo
Lapa ao trazer dois militantes do PT (assessoria de Benedita e Zonal do Rio de
Janeiro) para ajudar a esclarecer os militantes do Coletivo Lapa sobre
ferramentas recentes, revolucionárias descobertas na comunicação de massa. Em
dez anos uma revolução veio da internet: facebook, twitter, whatsApp, instagram,
telegrama, iPhone, androide, ClubHouse. Conceitos que no Brasil atingem menos
de 50% da população (de melhor renda). O Coletivo Lapa é um núcleo 100% político
de crescente influência dentro e fora do PT, possui boa formulação teórica da
realidade, precisa dominar essas ferramentas inovadoras na comunicação (que os
endinheirados sempre levam vantagens pela forma, não pelo conteúdo). Capturam as narrativas ideológicas de classe,
como sempre, para desinformar, mentir, fazer fakes news. O núcleo Lapa tem
consciência que precisa dominar essas novas ferramentas, sem abandonar as
velhas: folhetos, “boca a boca”, megafone, folders, jornalzinho, etc. Uma sintética
leitura das duas palestras aponta que o PT (a esquerda em geral) precisa ser capacitada,
tem muito a aprender nesse campo. Ouvir especialistas envolvidos no assunto. Uma
resumo e leitura das duas palestras permite colocar quatro questões para um
programa de treinamento, comunicação e conscientização que possa avançar,
resolver o principal dilema das esquerdas e do PT: como chegar à população mais
carente e vulnerável, nosso público alvo. “Dicas” deixadas pelos palestrantes:
A) Definir
metas. Quem, quantos e onde se encontra o público alvo principal visado pelo núcleo
Coletivo Lapa e o PT, num primeiro momento (não abarcar tudo)
B) No
RJ existe em torno de mil favelas, dominadas pelo tráfico, milícias, carentes,
ameaçadas, desinformadas, abandonadas pelo Estado.
C) Como
chegar a esses militantes ou moradores, lideranças ou não de favelas? Como capacitar?
Que instrumentos de comunicação usar em cada caso, novas, velhas ferramentas, as
duas?
D) Como
formar grupos? Como fazer finanças (a elite domina essas ferramentas porque tem
grana). Não temos como competir, mas conteúdo e formas de “bolar” alguma arrecadação.