21 de fevereiro de 2021

UMA LEITURA DA CONJUNTURA II

Nessa passagem de domingo 21 para 2ª. feira 22 muita contradição. Um rompimento de Bolsonaro com a estratégia política e econômica liberal (lava jato e controle de gastos) pode ocorrer. Bolsonaro (leia-se militares, centrão e sua base) precisa enfrentar parte da política neoliberal para chegar eleitoralmente viável em 2022. Preço do diesel, gasolina, gás, teto de gastos, auxílio emergencial esbarram em entraves liberais. Não há como adiar essa decisão. Possivelmente Guedes sai. Os generais a favor do HC contra Lula do Estado-Maior, citados por Villas Boas estão no governo. O centrão quer cargos e verbas e nessa hora são desenvolvimentistas (Estado forte), pouco se lixando para o autoritarismo de Bolsonaro. Moral da história: nesse momento tático, o entrave são os liberais, mas a estratégia são os “comunistas” (oposição, priorizando o PT).