19 de fevereiro de 2013

Renúncia do Papa está mal contada


Lendo as entrelinhas da grande imprensa não é difícil constatar a farsa de que o Papa Bento XVI tenha renunciado exclusivamente devido à idade ou mesmo à saúde. A igreja católica está longe de ser uma ilha com seu um bilhão e duzentos mil seguidores. Bento XVI é um neoconservador, não apenas na receita para a preparação da alma de seus fiéis (os pobres) para eternidade, como na preservação das regras da economia e da política mundial atual (os ricos). Trata-se de um poderoso agente das elites dominantes. A estratégia é conhecida: um passo atrás, dois à frente. Recua com a renúncia, mas avança nas próximas décadas indicando seu sucessor. Bento XVI pretende imprimir a mesma evangelização dos petencostais: Deus, Deus, Deus e ponto. O resto é materialismo do demônio. A classe dominante agradece e entrega aos seus serviçais e agentes (a grande mídia) a precípua tarefa de manipular a ingênua opinião pública.