1 de maio de 2020

A MORTE OU A MORTE


 
O mundo enfrenta uma guerra contra um inimigo ainda desconhecido. Sua arma principal é um vírus arremessado pelo ar que atinge o soldado, o deixa fragilizado e o leva a óbito. Dado o desconhecimento do vírus todos os comandantes ordenam evacuação e recolhimento em suas residências para evitar contágio. No Brasil, o comandante supremo, o presidente da República, resolveu inovar. Manda o exército enfrentar o inimigo desarmado. Retira os víveres dos soldados e diz que se não enfrentar o inimigo morre de fome. Não há saída, é morrer ou morrer. Certamente um sentimento de medo e horror cresce na população, principalmente a mais fragilizada. O medo é o limite. Com ele nada mais a temer, tanto das armas, quanto do autoritarismo ou da repressão. Nesse quadro de desvario acumulado por anos de insensatez da elite brasileira, crescem as manifestações não mais das ruas, mas dos cemitérios e valas comuns.