31 de janeiro de 2021

ESTRATÉGIA NEOLIBERAL

 Prossegue a estratégia neoliberal (Globo e mercado) em chantagear Bolsonaro com o “morde e assopra” nos seus veículos, ameaça de impeachment, derrota em 2022 para obrigar a fazer reformas administrativa, tributária, privatização da Eletrobrás, correio, independência do Banco Central e outras, só então ceder parte do controle de gastos “tetos”. Essa disputa de poder político e econômico subestima a mobilização popular da oposição devido à pandemia. Subestima milhares de mortes por descaso, falta de vacina, milhões desempregados, falta de auxílio emergencial. Tudo pode acontecer, inclusive explosão social. Nesse caso, usando de repressão a direita pode até sair fortalecida, pela falta de rumo e conscientização na revolta. Em qualquer leitura da realidade política que vive o Brasil a saída está numa campanha da esquerda, dos democratas e progressistas nas bases pelo Fora Bolsonaro, combate às mortes e fome. 

29 de janeiro de 2021

ESQUENTA O CLIMA

 O clima político esquenta. Cresce o descontentamento à Bolsonaro, que se desmoraliza no combate à pandemia (frontalmente contra a vacina); economicamente, retira auxílio emergencial para o trabalhador, consumo cai, empresas quebram, multinacionais abandonam o país; eticamente (corrupção, palavrão, racismo, entrega armas para a milícia). No meio militar acusa vice-presidente, Mourão, de falastrão e gal. Cruz o acusa de incompetente, sem preparo para o cargo. Quem vai segurar Bolsonaro? Forças Armadas, liberais do mercado, banqueiros, TVs, Congresso? 2ª. feira, dia 1/2, Congresso elege mesas da Câmara e Senado. Bolsonaro apostou deu cargos e verbas para os parlamentares, entregou dedos e mãos para o centrão. Num quadro caótico sanitário, político, econômico e ético como esse que político vai segurar o impeachment? Difícil. “Fora Bolsonaro”. 

25 de janeiro de 2021

COM BOLSONARO A CONFLAGRAÇÃO

Quais as reais condições do governo Bolsonaro? Nega atendimento à pandemia, à vacina, indica falsos medicamentos, leva milhares à morte. Na economia destrói o mercado interno, desemprega milhões, retira ajuda, fecha e afasta empresas nacionais e multinacionais. Desmonta o Estado do Bem-Estar Social, incendeia a Amazônia, entrega a madeireiros, garimpeiros e grileiros. Arma a milícia. Com ele impossível governar, sem ele o estrago está feito. Veio no “pacote” de destruição de Trump, defenestrado pela pandemia e voto popular de negros e latinos. Falta apenas a irresponsável classe dominante (bilionários) concluir e retirar o apoio, do contrário, o naufrágio. Inexiste capitalismo sem trabalho, sem vida. Esperar é apostar na conflagração, mais sangue, mais mortes, adeus impeachment. Até o momento, o impeachment pode salvar, mas garantia mesmo virá com o voto livre e soberano do povo.

23 de janeiro de 2021

UMA LEITURA NAS ENTRELINHAS

A matéria do Globo cita crescimento da reprovação a Bolsonaro, mas com a maioria contra o impeachment. Folha de SP nas pesquisas dando sempre 30% na aprovação. Essa é a estratégia dos liberais. Na política a narrativa é da grande mídia, restam entrelinhas. Moral da história: para os liberais ainda não é hora de tirar Bolsonaro. Não há garantia de que seus interesses serão preservados, após o desgaste com o golpe.  Prossegue o “morde e assopra” em “banho Maria” e o garrote contra o povo. Neofascismo negando o vírus, ajuda emergencial, emprego, matando e ameaçando à democracia. Neoliberais, preservando o “Deus mercado” ditando na economia o que lhe serve até surgir um “salvador da pátria”, um Tancredo Neves. Eles tbm só pensam “naquilo” (2022). Mas, há um preço: limite na destruição, mortos, insatisfação. Nesse caso, vem impeachment. Para a oposição: Impeachment já. 

22 de janeiro de 2021

FORÇAS AMADAS, NÃO ARMADAS

 Cadê as Forças Armadas, seus aviões, navios, lanchas, hospitais, médicos para atender o colapso sanitário do Amazonas e do país? A guerra que o país sempre enfrentou e enfrenta é interna, não externa. Milhares de mortes por Covid-19, falta de vacina, oxigênio, atendimento hospitalar. Milhões sem emprego, renda. Não é estado de defesa, resquício da ditadura, idolatrada por Bolsonaro, com medidas coercitivas, repressivas à liberdade de pensamento, expressão, organização e reunião. O que o Brasil precisa urgentemente é estado de direito, impedimento e punição de um presidente da República genocida, negacionista da ciência e da democracia, que está levando o país à destruição e o caos. Estado de direito que retire decisões monocráticas da justiça, do Congresso, do poder executivo, democratizando-os.  Fora Bolsonaro. 

20 de janeiro de 2021

O IMPASSE

 A dificuldade de explicar a vitória do neofascismo de Bolsonaro e Trump está em entender as contradições do capitalismo em vigor e a sociedade de classe vigente. Quem são? Ninguém chega ao cargo mais alto da República, sem apoio da classe dominante (bilionários). Nos EUA a ala mais reacionária (republicanos) apoiou. No Brasil, setores empresariais conservadores e reacionários, da cidade e do campo deram apoio. Lá, o bipartidarismo facilitou a derrota de Trump. Aqui, impasse. Governo oriundo de golpe, submisso aos EUA, viés antinacional, oposição de centro-esquerda. Moral da história: apesar de negacionista da ciência e democracia, milhares de mortes de Covid-19, milhões de desempregados, depressão, crise ambiental a classe dominante dá apoio. A crise se agrava, o desespero cresce, surge ameaça de golpe no golpe. Não se sustenta, aprofunda crise, destruição, perseguição, censura. Quem leva vantagem? 

19 de janeiro de 2021

IMPEACHMENT DE TRUMP

 O impeachment de Trump e punição exemplar pelos crimes cometidos, golpe que planejou e invasão do Capitólio não se compara Nixon, tbm impichado, nem a outros casos. São “fichinhas” diante de Trump. Deixar de puni-lo é declarar que o crime de traição à pátria, golpe à democracia, sonegação fiscal está liberado aos presidentes. No Brasil a impunidade aos ricos, empresários e militares de 64, com a anistia, repercute no Brasil de hoje. Bolsonaro, Mourão, Vilas Boas, Heleno e outros são filhotes da ditadura e exemplos de como sai caro ao país não punir. Nos EUA, mais grave, país referência de democracia do ocidente, usar o argumento conservador de medo de que a punição possa provocar mais divisões e violência é falacioso e joga o país no precipício. No Brasil a punição exemplar à Trump servirá de exemplo ao seu subordinado tupiniquim, Bolsonaro, seus apoiadores. 

18 de janeiro de 2021

IMPEACHMENT JÁ

 Oxigênio ou Bolsonaro? Ele é o inimigo mortal. Em curso uma política de extermínio. Inúmeros crimes e nada acontece. É terrível ver pela TV milhares de pessoas morrendo nos hospitais de Manaus por falta de oxigênio podendo atingir outras cidades. Impossível impedir a tragédia com um negacionista da vacina no comando do país. Mas, Bolsonaro, ainda mantém três aliados poderosos: as plataformas digitais desreguladas que atingem milhões de pessoas diariamente cativas por ideologia e captura de dados e perfis com fake news, explorando os desinformados e excluídos pelas mazelas do capitalismo; Forças Armadas capturada por oportunismo de benesses e ideologia; mercado financeiro ainda sem garantia de voto e temeroso com a volta da esquerda. Por tudo isso, o impeachment é a palavra de ordem que pode mobilizar e unir, mesmo com pandemia, povo e a oposição em desespero pelo caos. Impeachment já! 

15 de janeiro de 2021

O COLAPSO DO BRASIL

O colapso que atinge Manaus na saúde é o colapso que vive o Brasil em todas as áreas. É de chorar assistir o desespero da área de saúde, familiares desesperados vendo entes queridos morrerem por falta de atendimento, vaga nos hospitais, cilindros de oxigênio. Faltando oxigênio no Estado pulmão do mundo. O genocida Bolsonaro é a criatura que comanda a chacina, mas foi e é apoiado pela elite agrária e financeira, unida para assaltar o Estado, usando a pandemia para eliminar os improdutivos do mercado de capitais, pobres, negros, idosos. Um roteiro de terror. Não dá para prever o desenlace dessa tragédia, enquanto a oposição estiver acuada pela pandemia, mas o copo está cheio. A única certeza é que sem fora Bolsonaro e a volta do Estado de Direito (soberania e democracia, sob o crivo do voto livre e soberano) não se vislumbra saída. 

14 de janeiro de 2021

CORRERIA DOS FATOS

Impressiona o número acontecimentos e fatos políticos ocorrendo instantaneamente no Brasil e no mundo. No Brasil, greve de caminhoneiros, eleição no Congresso, demissão no banco do brasil, disputa pela vacina, fechamento da Ford. Nos EUA, golpe, impeachment de Trump, invasão do Congresso. Fatos que interferem na vida do brasileiro. Fatos ou internet tornaram tudo rápido? Ao mesmo tempo milhares de notícias e opiniões por facebook, whatsApp, twitter, instagram. Inúmeros analistas lançando reflexões pelo Youtube. No Brasil, a presidência da República ocupada por insano e caricato que ameaça a vida, a economia, o meio ambiente. O escritor, Jessé de Souza, coloca lenha na fogueira e crítica à esquerda por não enxergar a essência do problema: elite moralista (e racista) que usa a corrupção para atacar a política, se perpetuar no poder elegendo neofascista e neoliberal, que viram revolucionários para alguns.  

12 de janeiro de 2021

DILEMA PARA 2022

 O maior desafio da oposição até 2022 é derrotar o neofascismo bolsonarista. Nada supera essa meta. A dificuldade está na pandemia que faz a oposição recuar das ruas. A derrota do trumpismo foi importante à nossa luta, mas as realidades são distintas. Lá, o bipartidarismo impôs a frente única. Aqui, o liberalismo apoiou e apoia a ultradireita temendo o retorno da oposição petista golpeada, que tem voto e aprovação. O trumpismo tupiniquim é subserviente ao império pelo apoio ao golpe. Toma medidas que agradam aos liberais, como desmonte do Estado, entrega das riquezas e arrocho dos trabalhadores. Tem apoio de empresários, grande mídia, forças armadas. Sua gestão é morte na pandemia, destruição na economia, apenas interessa a eleição de 2022. Nesse ponto, uma contradição com os liberais que querem retomar o protagonismo político. A destruição não oferece “céu de brigadeiro” a ninguém e é insustentável. 

8 de janeiro de 2021

soberania do voto

A participação do eleitor bem acima do esperado, fato político inédito, salvou os EUA de um golpe anunciado e sua desmoralização. Fica óbvio ouvindo, lendo, assistindo Trump e seus apoiadores. Tinha apoio político (Republicanos), econômico (parcela do empresariado), sistema jurídico amparado num sistema eleitoral arcaico, cheio de brechas. Teria mais votos do que na última eleição (2016), obteve 4 milhões a mais. Contava com a captura e manipulação por fake news de dados e perfis de milhões de pessoas das redes sociais ressentidas com as mazelas políticas, mas alienada da realidade. Tudo planejado e nos conformes, mas, como dizia Garrincha, faltou combinar com os russos, o eleitor. A mídia conservadora tenta atribuir a vitória às instituições fortes americanas. Inverdade. Nada mais corrompido e destruído pelos liberais do que essas instituições. A pergunta agora serve ao Brasil. E se Trump fosse reeleito? 

7 de janeiro de 2021

INVASÃO DO CONGRESSO DOS EUA

 Sob narrativa conservadora dos meios de comunicação é difícil entender o que de fato está acontecendo nos EUA, com a invasão do Congresso e no Brasil. Primeiro entender EUA, depois Brasil, seu satélite. Por trás uma grande crise avançando no capitalismo do império. Crise que em 2001, governo Bush detectou como de energia. Um “ataque terrorista” do inimigo ameaçador justificou medidas autoritárias, como a invasão do Iraque e outros países de grandes reservas de petróleo. Veio poderes para os órgãos de segurança dos EUA capturar dados e perfis dos cidadãos americanos e se espalhou pelo mundo. Esses dados chegaram às mãos da ultradireita e elegeram monstros, como Trump (EUA) e Bolsonaro (Brasil). A elite americana anda desesperada com declínio do império, agravada em 2008, com a pandemia e o avanço comercial da China. No Brasil, o quadro se agrava devido a elite colonial do atraso ser submissa. 

3 de janeiro de 2021

UMA ESTRATÉGIA DE LUTA PARA 2021 E 2022

 O OVO DA SERPENTE

“Ovo da serpente” filme de Ingmar Bergman, de 1977, se passa em Berlim, novembro de 1923, representa acontecimentos econômicos e sociais que pavimentaram a plena ascensão do nazismo. Por analogia com a serpente, suas causas trazem mortes e destruições. A chocadeira ocorre com profunda depressão, crise econômica, inflação, alta taxa de desemprego, insegurança, instabilidade sócio-política-ética e moral. Essas distorções na Alemanha levaram ao conflito mundial de 1938 a 1945, com milhões de mortos, feridos e mutilados. O nazifascismo produz líder autoritário, propaganda enganosa, isola a massa do mundo real, conduz ao imaginário, explora o analfabetismo político (pessoas que não participam, não discutem, não falam, nem entendem e odeiam políticos e a política em geral, pois consideram todos corruptos e inimigos). Confiam e entregam todas as iniciativas e soluções a um líder autoritário, um “salvador da pátria”, um oportunista de ocasião. No Brasil esse quadro se agrava com milhares de mortos e infectados por uma pandemia estimulada por líder autoritário que ocupa presidência da República. Síntese: Os ingredientes para a serpente chocar seus ovos estão claramente colocados. Resta a oposição, dessa vez, agir e impedir que propague seu veneno, que infelizmente não aconteceu na Alemanha

O CONCEITO BOLSONARO. SEU SIGNIFICADO

No programa TV247 entrevista com Léo Ao Quadrado (acho que o nome é esse) abordou como a esquerda está enfrentando o fenômeno Bolsonaro. Na visão de Léo a esquerda está totalmente equivocada.  A esquerda perdeu o “time” na forma de comunicação e enfrentamento à Bolsonaro e tbm aos neoliberais porque insiste numa estratégia de argumento e discussão que se demonstra errada. Bolsonaro segue uma estratégia política que tem base e público. A mesma que elegeu Trump. É científica, se baseia na realidade e no sentimento de numeroso público dominado pela desinformação, alienação, individualismo extremado, antipolitica cultivada, revolta com a situação pessoal, que condena arbitrariamente a política, o político em geral por desmandos e corrupção. São os famigerados analfabetos políticos sem noção exata de quem é corrupto, onde começa, quem promove, por que e qual o sentido dessas campanhas moralistas. Esse público é racista, machista, absolutamente impregnado pelo ódio, por tudo que sofre, mal informado, sem entender. Esse público, sem transparência e visualização, ganhou espaço e voz com as novas tecnologias. Megas redes e plataformas digitais capturaram os dados, perfis, que foram parar nas mãos da extrema-direita. Aconteceu na eleição de Trump (EUA), derrotado por um acidente de percurso (inédita e histórica participação do eleitor). Contavam, como de fato ocorreu, com crescimento eleitoral e a judicialização e pressão política dos Republicanos no frágil, desmoralizado e arcaico sistema eleitoral norte-americano. No Brasil, o PT, a esquerda precisa refletir esse fenômeno internacional, priorizar ações estabelecendo metas para 2022 (eleição que pode nos devolver a esperança). Como enfrentar o fenômeno, estratégia que dá suporte a Bolsonaro (a mesma de Trump) e tudo que representa, envolvendo corporações do capital, empresas multinacionais e nacionais, com suas contradições nesse quadro (uns ganhando outros perdendo). Empresário produtivo nacional voltado para o mercado, sem emprego e renda, vai fechar. Empresário exportador incomodado com as provocações bolsonaristas à China, nosso maior mercado consumidor. O mercado financeiro, as novas tecnologias, a bolsa de valores (especulador e investidor de papéis) aparentemente ganhando com a pandemia, que os favorece, na compra pela internet e no endividamento do Estado e contribuinte, com o crescimento da dívida pública ao adquirir título desvalorizados e ganhar na venda. Na passagem do ano de 2020, Ernesto Araújo e Bolsonaro, deram a “dica” dos inimigos bolsonaristas, listando 13, são eles: 1) grande mídia, 2) narco-socialismo, 3) corrupção, 4) bandidagem em geral, 5) sistema intelectual politicamente correto, 6) climatismo, 7) racialismo, 8) covidismo, 9) terrorismo, 10) multilateralismo antinacional, 11) abortismo, 12) ideologia de gênero, 13) trans-humanismo. Importante frisar que em qualquer desses campos de discussão a esquerda ao tentar aprofundar o debate vai perder tempo (que não dispõe) e uma tarefa complexa, pois seu gado está fechado, desinformado, impregnado de ódio e temos prazo, 2022. Não se trata de fugir do debate, mas estratégia para conquistar ou reduzir parte de seu rebanho. Aborto, por exemplo, é uma discussão complexa, carregada de preconceito, impregnada na maioria religiosa da população. Veja no discurso dos bolsonaristas sua complexidade nesse tema, após a descriminalização do aborto na Argentina: Damares “Agradeço a Deus por nosso país ser majoritariamente pró-vida”, Ernesto Araújo “O Brasil permanecerá na vanguarda do direito à vida e na defesa dos indefesos, não importa quantos países legalizem a barbárie do aborto indiscriminado”, Bolsonaro “No que depender de mim e do meu governo, o aborto jamais será aprovado em nosso solo”. Levar essa ou outra discussão para um público preconceituoso, conservador, religioso é desgastante, toma tempo e resultado eleitoral pífio. Nosso público, eleitorado, ativista, militante, está a favor do aborto e outras iniciativas liberalizantes.  A estratégia do PT, esquerda, oposição é mudar o eixo dessa discussão, ir para outro campo que eles não tem como responder, não dominam, não enganam (evitar os treze citados por Ernesto Araújo). Tocar onde todos estão sendo atingidos, na barriga: a economia, falta de renda, fome, falta de ocupação. Esse campo de argumento tbm atinge empresário, pois sem mercado de consumo, sem emprego e se atritando com a China vão à bancarrota. Não precisa citar Lula. Não precisa xingar Bolsonaro. Vão concluir, lembrar que no governo Lula o mercado cresceu, com emprego e renda. O Brasil chegou a 6ª potência mundial e está na 12ª posição. A importância da Petrobras, do pré-sal não é para quem tem carro na gasolina, mas na energia presente no custo de vida, na inflação, nos alimentos. Os mais intelectualizados e informados da classe média distantes desse rebanho bolsonarista pode chegar à militantes próximos, formadores de opinião e repassar os argumentos estratégicos. Bolsonaro é um mentiroso contumaz, nunca foi evangélico, a esposa abortou, corrupto, ligado ao crime organizado, antidemocrático, terrorista, torturador, mas mantém um rebanho desinformado e do ódio. A esquerda precisa fazer teste de paciência revolucionária, enfrentar a estupidez descolada da realidade por fake news e internet. Discutir costumes tem mais complexidade, renda e emprego não. Cada militante do PT e da esquerda se torna enfermeiro, aplica a vacina contra o vírus do fake news, ajuda na reflexão, na inteligência, imuniza. Esquerda e PT cometeram e vão continuar cometendo equívocos, mas terá sempre de superar, tirar lições, corrigir. Esquerda é a única esperança de mudanças para o país e o povo. Tirar lição do passado onde Getúlio se suicidou, Jango se exilou, mas PT e Lula resistiram, não recuaram frente ao inimigo. O PT não é PTB, é mais forte e organizado. Portanto, houve avanço. A esquerda, principalmente o petista, precisa fazer rápida reciclagem, recuperar energia, mudar, confundir o inimigo com tática e estratégia nova. Jamais subestimar o inimigo, conhece-lo bem, não perder o foco. Bolsonaro tem suporte de uma inteligência cientifica e tecnológica, repete o que mandam. Em 2022, está prevista uma batalha, é preciso se preparar desde já, levar o inimigo para o terreno propício de guerra, onde está exposto. No debate sobre aborto e outros de costumes evitar a armadilha. Certa inverdade é mais difícil e demorada de reverter, falam de tirar a vida, desinformam os ausentes da realidade. A esquerda e oposição precisa chegar no terreno inimigo com paciência, política e diplomacia. Questionar onde não há resposta: emprego, renda, alimentação, saúde, violência, educação, moradia, leis sociais, trabalhistas e aposentadoria retiradas. Nesse campo o PT e Lula no poder “bombaram”. Simples assim. O discurso do ódio está colocado e é explorado por Bolsonaro (não é ele, mas importado), seu rebanho foi cientificamente selecionado. Esse sentimento de ódio impede, trava a compreensão. Até a vacina causa atrito, mas a realidade vai se impor. Sintetizando: discutir e refletir sobre o mais óbvio. Antonio Negrão de Sá