7 de dezembro de 2008

Bush 1

É cada vez mais notória a estratégia do presidente Bush, dos Estados Unidos, para manter e perpetuar-se no poder com seu grupo ultraconservador. São remanescentes, mais radicais, da guerra fria. Nutriram-se do anticomunismo e precisam de um novo inimigo ameaçador ao mundo: o terrorismo. O atentado às torres faz parte desse plano. A política permanece estruturada na segurança. Agora, é acompanhar a aventura e torcer que a manipulada opinião pública americana tenha alguma lucidez para impedir o pior.
Publicado no JB online em 22/5/03

ESQUERDA1

Puro oportunismo as críticas que Lula recebe da esquerda. Intelectuais, setores do PT, PC do B e Brizola ficam mariscando contradições nas posições do Lula e do PT. Esquecem que em 500 anos é a primeira vez que a esquerda chega ao poder. Desconhecem que Lula não tem maioria no Congresso para efetivar as mudanças que idealizam. Ignoram a fragilidade das instituições brasileiras frente ao poderio econômico e político internacional. Lula comanda um barco em alto mar com ondas revoltas e que precisa se estabilizar primeiro. Oportunismo tem limites.
Publicado no Correio Braziliense em 14/06/03

IMPUNIDADE

A tortura do chinês Chan Kim Chang por agentes policiais e penitenciários revolta. Mais uma cena de impunidade. As evidências de tortura, com risco de morte, são notórias. Agora, entra em cena a justiça morosa. As investigações normalmente levam meses e anos. Nesse caso, onde tem polícia envolvida, leva a lugar nenhum, a impunidade absoluta. Esse é o roteiro da impunidade no Brasil. Até quando senhores congressistas?
Publicado no Correio Braziliense em 3/09/03

ENDIVIDAMENTO

Merece reflexão o calote da Argentina ao FMI. Reflexo da mesma política neoliberal adotada pelo Brasil. Os argentinos apenas foram mais crentes adotando o câmbio fixo constitucionalmente. Tiveram enormes dificuldades para se livrar das amarras do câmbio. O Brasil, mesmo com prejuízo, livrou-se mais fácil. Mas, a situação do Brasil também é grave. A dívida corresponde a 62% do PIB. Uma vergonha. Apesar da boa vontade de Lula em seguir o contrato, a sangria é nociva ao país. A reforma tributária devia limitar em 20% o limite de endividamento do governo federal.
Publicado no JB Online e Folha de S. Paulo em 9/9/03