16 de janeiro de 2019

A UNIDADE DE ESQUERDA

A tão decantada falta de união das esquerdas tem mais um capítulo nesse momento político, quando surpreendentemente a ultradireita assume a presidência da República. O Congresso Nacional podia fazer uma diferença, mas a presidência da Câmara já declarou apoio a agenda econômica, que pretende saquear direitos do trabalhador e das riquezas do país. Diante desse inimigo de classe poderoso, que historicamente sempre aterrorizou a população mais humilde, surgem alternativas difíceis para a esquerda, e se esvai a unidade. Duas leituras, pelo menos, podem explicar essas dificuldades: uma, a conciliação para evitar uma “porrada” maior no trabalhador e seus direitos e outra, a pouca representação na base popular que impede uma posição mais firme a seu favor. O PT é um caso à parte na nossa história. Alçou à presidência da República por treze anos, distribuiu renda e obteve o apoio de milhões. Um novo ciclo.