É notório de que toda corrupção
tem início no processo eleitoral. Envolve público e privado. Uma integração
absoluta de interesses. O caixa dois é histórico. Recurso não registrado pela
empresa para fugir do fisco é destinado a uma campanha. A sonegação pode ter
dois destinos: conta pessoal do parlamentar ou através do partido. Pode até ser
registrada no TSE ou TRE, o que permite alguma defesa. Mas a corrupção
verdadeiramente grave e criminosa é a que envolve milhões de reais, desviados
por caminhos tortuosos e autoridades que ocupam cargos privilegiados. Cunha e
Cabral são bons exemplos. O Congresso atual quer perdoar tudo, antes da
divulgação da lista da Odebrecht.