O que impressiona nas elites
financeiras, políticas e midiáticas do Brasil atual (e também do mundo) é a
ausência absoluta de mecanismos de controle. Formou-se uma aristocracia. Nessas
eleições, por mais incrível que possa parecer, Dilma vencendo (que é o esperado)
sua governabilidade corre risco. Por quê? Desde o fim da guerra fria essas três
áreas foram monopolizadas. Um grupo reduzido e privilegiado (a maioria por
herança) distancia-se cada vez mais da maioria dos cidadãos comuns. Nada, nem
crise os atingem. Essa concentração ficou evidenciada nos estudos de Thomas
Piketty. O único mecanismo seria o voto, mas eles quando perdem no executivo
avançam no legislativo. Campanhas milionárias financiadas por empresas. No
Brasil, resta uma única saída: democratizar a democracia, através de reforma
política vindo das ruas.