As demissões de operários da
General Motors tem muitas leituras: superficial e de fundo. A superficial é a
retirada do IPI dado as montadoras (que só aumentaram seus lucros), a crise
internacional e outros fatores de mercado; a de fundo é a mais séria. Trata-se
do futuro da indústria automotiva. É sustentável? Todo mundo sabe que não, mas
no capitalismo só se enxerga o lucro imediato. Como transporte (individual ou
coletivo) essa indústria não se sustenta. Não existe mais espaço geográfico nas
cidades para ocupá-lo. As alternativas todos também conhecem: transporte sobre
trilhos, bicicletas, etc. Mas como o mundo vive na órbita do império (EUA) e dessa
indústria, nenhuma iniciativa será tomada. A única alternativa será aguardar o
caos e a crise.