Muito provavelmente o calote dos
Estados Unidos trará graves conseqüências econômicas ao mundo. Entretanto seu
modelo de crescimento, sem distribuição de renda, onde 1% retém a riqueza
nacional, também levará pânico, desespero e desgraça. A essência da questão é
essa. No século passado o socialismo do Leste Europeu, que pegou carona na
teoria de Marx, tentou comprovar essa contradição, mas ruiu devido seu mau
desempenho na gestão pública do Estado. O imbróglio político e econômico dos
EUA vive um impasse: não há como gerir sua economia sem aumentar a volumosa
divida. A classe política está dividida. Corta mais dos pobres ou aumenta a
dívida? A mais grave crise internacional é questão de tempo. Uma atenuante para
países como o Brasil seria desfazer-se de seus bilhões de dólares e reduzir a
dívida. Mas e a coragem?