A presidente Dilma enfrenta dois
macro-desafios na economia: a incerteza da economia dos EUA e Europa e a
sangria com o pagamento dos serviços da dívida pública. Esse é o pano de fundo,
o resto é consequência. Aparentemente duas situações impossíveis de tratamento,
principalmente com vistas para 2014. O dilema de curto prazo vem da pressão das
ruas por demanda e o limite orçamentário. Na sua leitura das ruas o PMDB propõe
a redução de 39 para 25 os ministérios. Vindo do principal aliado Dilma pode
disparar uma reforma administrativa e de desburocratização da máquina pública,
com foco central na contenção de despesa e eficácia. Lembrando sempre que não
se trata da famigerada reforma neoliberal de Estado (desmonte), mas na busca de
metas sociais. Quem sabe, até, reservando um ministério somente para esse fim.