Dentre as possíveis explicações
para justificar essa loucura geral que é a crença num outro mundo, num Ser
Supremo está o medo da morte. Não há quem não tema a morte. Não a dor, como
alguns justificam, mas o fim mesmo. Qual a razão da vida se tudo acaba com a
morte do corpo, indaga o crente em outra existência pós-morte? Mas não acaba. E
os filhos e netos não representam a continuidade, assim como entre os animais e
as árvores? Certamente a vida no nosso planeta estaria bem mais avançada e
segura, não correria o risco de extinção como agora, se a maioria estivesse
focada na terra não transferindo para um mundo imaginário soluções objetivas e
concretas daqui (que os espertos ideólogos dominantes, pejorativa e
historicamente, difundem como materiais)