5 de novembro de 2008

HERZOG

Há fatos na história de um país que levam anos gravados em sua memória. A tortura até a morte do jornalista Vladimir Herzog é um deles. Minha geração não admite esse crime. Jornalista, com emprego e local definido, apresenta-se, espontaneamente, aos poderes constituídos e é assassinado. Uma barbaridade. Qual a ameaça de um homem desarmado, cujos únicos instrumentos de trabalho eram sua caneta e sua máquina de escrever? A anistia não pode perdoar casos como esse.
Publicado na Tribuna da Imprensa online em 25/10/04