7 de setembro de 2020

DISCURSO DE LULA

O discurso de Lula foi o primeiro míssil poderoso pós-prisão e pós-pandemia lançado na horda inimiga dos vândalos. Atinge o alvo, mas o efeito precisa aguardar. A correlação de força vai se rearrumar. Para os golpistas não há alternativa, não vão recuar. São muito estúpidos, atrasados e incapazes de perceber o desastre anunciado, as contradições graves de seu governo. O discurso serviu para marcar território. Tem programa completo, estratégia de luta política. A saída é o pacto democrático pelo voto livre e soberano. Lula se colocou totalmente à disposição das classes do andar de baixo e não está disposto a conciliar um programa que não coloque o trabalhador como prioridade. A conta agora é dos ricos. Pobres chegaram ao fundo do poço. Fora Bolsonaro, volta Lula.

SETE DE SETEMBRO

Está na hora do brasileiro entender parte do significado histórico dessas datas ditas e enaltecidas pela classe dominante (ricos e bilionários) como libertadora e de independência. Em 7 de setembro de 1822, Brasil, iniciou uma monarquia até 1899, quando proclamou a República. Os dois atos não tiveram absolutamente nada de independência. Nem a “a lei áurea” de 1888, libertou escravos. Diferente dos demais países da América do Sul que expulsaram os espanhóis para obter sua independência, o Brasil, ficou sob o controle da realeza portuguesa até 1889, não libertou os negros, que se mantém escravos até hoje, e nem os brancos pobres que passaram a ser do domínio da aristocracia agrária da terra, do capital industrial e atualmente do capital financeiro. Independência se conquista na luta, nunca na concessão. O Brasil ainda precisa passar a limpo sua história de independência. Fora Bolsonaro, volta Lula.

PROCESSO ELEITORAL

Para o PT o processo eleitoral não pode ser um fim, mas meio. Fim é organização das bases sociais, única via política real para a esquerda obter conquistas e mudanças no enfrentamento contra o capital na luta contra a desigualdade. Essa foi a origem que deu musculatura ao O PT para chegar onde chegou. A autocrítica que o PT deve sempre fazer é sobre sua relação parlamentar e militância com a base social. Aí reside energia, vida e sustentabilidade. A história dá mais uma lição. Neofascismo e neoliberalismo unidos para enfrentar a esquerda (PT) que a ameaçava com seu crescimento. Poderosos compram quase tudo, menos uma consciência forte na luta de classe. Apesar de deterem o monopólio econômico das comunicações, inclusive nas redes sociais, a oposição deve usar e otimizar as redes sociais, não abandonar as formas tradicionais, como cartazes, prospectos, faixas, comícios e manifestações, com os cuidados necessários na pandemia. O PT deve exigir fim do Estado mínimo, mais SUS, escolas, renda mínima e emprego e Fora Bolsonaro, volta Lula.